
Naftali Bennett.
Naftali Bennet, o novo primeiro-ministro de Israel, eleito neste domingo, 13, tem um ado bem sucedido como empresário na área de tecnologia.
Antes de entrar na política, em 2006, Bennet criou e vendeu duas startups, por um valor total na casa dos US$ 250 milhões.
A primeira delas foi a Cyota, uma companhia de cibersegurança fundada em 1999, com tecnologias para combate de fraudes online e phishing, vendida em 2005 para a RSA, uma das líderes do setor, por US$ 145 milhões.
(A RSA foi comprada no ano seguinte pela EMC, em um negócio de US$ 2,1 bilhões e foi ela mesma comprada pela Dell em 2015. No ano ado, a Dell decidiu vender a RSA para fundos de investimento).
Bennet, um filho de emigrantes dos Estados Unidos que serviu nas unidades de elite do exército israelense, também foi CEO da Soluto, uma companhia que permitia a usuários repararem seus equipamentos à distância, com ajuda de um banco de dados de problemas.
A empresa foi vendida em 2013 para a Asurion, uma seguradora americana especializada em equipamento de tecnologia, por um valor reportado pela imprensa do país como entre US$ 100 milhões e US$ 130 milhões.
Bennett também investiu na fintech americana Payoneer, que tem planos de abrir capital na Nasdaq com uma avaliação de mercado de US$ 3,3 bilhões neste ano.
No meio tempo, o empreendedor começou uma carreira na política, atuando como chieff of staff do primeiro ministro Benjamin Netanyahu entre 2006 e 2008.
Nos anos seguintes Bennett foi ministro da Economia e Educação, sempre em governos de Netanyahu, que liderou o país nos últimos 12 anos.
Bennett é tido como ultra liberal na economia e mais à direita de Netanyahu em outras questões. O novo ministro venceu a votação no parlamento israelense por um voto de diferença, liderando uma coalizão ampla incluindo apoio de partidos de esquerda e de agremiações árabes.
Pelo arranjo, ele ficará 18 meses no cargo e revezar com o moderado Yair Lapid, idealizador da coalizão. Apesar da margem estreitíssima no Parlamento, espera-se que o novo governo ponha fim à instabilidade política em Israel, que teve quatro eleições gerais em dois anos.
Trajetórias como a de Bennett não são atípicas em Israel, país que é uma potência em tecnologia, o que lhe rendeu o apelido Startup Nation.
Uma pesquisa da Startup Genome, revela que Tel Aviv é a segunda melhor cidade para startups.
Com 4,8 mil empresas nascentes na área de tecnologia, a capital isralense está depois apenas do Vale do Silício e à frente de metrópoles como Los Angeles e Nova York.
O país é o terceiro com mais empresas listadas na Nasdaq, a bolsa de valores americana para empresas de tecnologia, depois do Canadá e dos Estados Unidos.