Bruno Primati.
Bruno Primatti, ex-vice presidente executivo da Bematech, acaba de ser contratado pela Benner para assumir o cargo de vice presidente na empresa.
O atual CEO e fundador da Benner, Severino Benner, deve deixar o comando da companhia para assumir o conselho de istração nos próximos 12 meses, de acordo com o planejamento da companhia.
Em nota, a Benner informa que a estratégia da Benner a pela “preparação de um sucessor”. Primatti será o único vice presidente da empresa.
Mesmo assim, a Benner não chega a dizer explicitamente na nota divulgada à imprensa que Primatti será o novo CEO.
Perguntada diretamente sobre o tema pela reportagem do Baguete, a Benner não confirma nem nega a possibilidade.
Primatti é um executivo de primeira linha. Ele estava na Bematech desde 2012, sendo segundo o segundo no comando da empresa, que foi comprada pela Totvs em 2015 em um negócio de R$ 550 milhões em dinheiro e ações.
Ao longo dos 30 anos de carreira profissional teve agem por consultorias e empresas como Unibanco, Grupo Notredame Intermédica e Solvay, tendo ocupado posições como diretor-geral, diretor comercial e CIO.
”Hoje a Benner é uma das cinco maiores empresas de software nacionais. Tenho a certeza de que temos todas as condições para consolidar a empresa como uma das duas maiores do setor no país”, conta Primati.
Primati não chega a mencionar seus concorrentes nessa disputa, mas não é difícil de ficar sabendo. A líder absoluta de mercado é hoje a Totvs, com faturamento de R$ 2,2 bilhões no ano ado.
A Benner está hoje na faixa dos R$ 250 milhões (a companhia não divulgou resultados exatos, só a meta de dobrar até 2020 para R$ 500 milhões), um pouco abaixo da Sênior, outra empresa catarinense, que teve uma receita de R$ 283,4 milhões no ano ado.
Um degrau abaixo estariam empresas como a Mega e a Sankhya, cujos resultados foram R$ 75 milhões em 2016 e R$ 80 milhões em 2015, respectivamente, e não tem mais aberto números, um sinal de que o ritmo de crescimento não é mais o mesmo de antes.
A Benner já fez uma grande reorganização em 2016, quando a companhia se dividiu em duas vice-presidências, uma focada no mercado de saúde, no qual a Benner tem forte participação, e outra focada em soluções de logística, turismo, RH e jurídico.
Naquela ocasião, Antônio Roberto Nogueira, Celso Lara e Walcir Augusto Wehrle alienaram suas participações para a holding e desligaram-se da sociedade.
De origem catarinense, hoje a companhia tem matriz em São Paulo, além de unidades em Blumenau, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Maringá e Curitiba. Ao todo, são 1,2 mil colaboradores.