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David Cameron acredita nas fintechs inglesas. Foto: divulgação.
David Cameron, primeiro ministro do Reino Unido, está determinado a fazer decolar a cena das empresas de tecnologia financeira - as chamadas fintechs - de seu país.
Segundo destaca o Business Insider, o premiê está do lado de um novo manifesto a favor das fintechs, lançado pelo corpo de investimentos Innovate Finance, inclusive liderando um debate na Ásia para coincidir com o lançamento do documento.
Na iniciativa, Cameron uniu forças com representantes de empresas emergentes no cenário inglês, como a Monitise, de pagamentos eletrônicos, Ratesetter, de empréstimos P2P e Blockchain, de e-wallet para bitcoins.
A maioria das empresas apoiadas pelo primeiro ministro nesta manobra são nascidas após 2008, após a recessão do setor bancário sofrida pelo país, que fomentou a cena de novas empresas de finanças, baseadas em novas tecnologias.
"Este governo quer que o Reino Unido seja o centro líder de fintechs no mundo, e é por isso que criamos medidas especiais para este setor em crescimento", afirmou Cameron em nota à imprensa.
Estas novas empresas hoje já compõem uma parte significativa ao lado dos bancos na cena financeira do Reino Unido, dentro da qual Londres desponta como o segundo maior centro financeiro do mundo, com um rating atrás apenas de Nova York, segundo dados do Global Financial Centres Index.
O manifesto da Innovate Finance prega a criação de mais de 100 mil novos empregos em fintechs até 2020, um avanço significativo em relação aos atuais 135 mil empregos existentes no segmento no país.
Para Cameron, a ambição da organização das fintechs é bem-vinda.
"Fico feliz que a Innovate Finance tem metas altas, como a criação de 100 mil empregos. Isso garantirá que continuaremos um país líder no desenvolvimento de tecnologias em serviços financeiros", afirmou o primeiro-ministro.
Cameron é um dos primeiros líderes mundiais a reconhecer e liderar abertamente iniciativas para aproveitar o potencial das fintechs, que estão aos poucos comendo parte do bolo que antes era exclusivo dos bancos.
De acordo com o banco norte-americano Goldman Sachs, 20% dos lucros do setor financeiro devem ir para as novas plataformas destas fintechs até 2020.
Além disso, estas novas companhias devem receber cerca de US$ 30 bilhões em investimentos de venture capital este ano. Em 2013, o valor aportado foi de US$ 4 bilhões.