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Marca está entre as principais marcas de luxo do segmento da moda (Foto: Depositphotos)
A Prada, grife de luxo italiana, adotou etiquetas baseadas em tecnologia blockchain para garantir a autenticidade de seus produtos com o Consórcio Blockchain Aura, empresa focada no segmento das grifes.
Neste caso, o blockchain funciona como um banco de dados avançado que viabiliza o compartilhamento de informações em rede dentro da companhia, de maneira cronológica.
A partir disso, é possível monitorar processos como pedidos, pagamentos, entre outras transações, além de facilitar o rastreamento de ativos.
Para isso, a Prada implantou chips de Near Field Communication (NFC) criptografados, que conectam dois dispositivos próximos sem necessidade de fios, usados comumente para pagamentos por aproximação.
Através deles, o consumidor tem o a um site que disponibiliza um certificado de autenticidade do produto, juntamente com as informações de fabricação do item.
Na plataforma, ainda é possível se registrar como proprietário da peça, bem como verificar a pegada de carbono do produto.
Até o momento, a Prada implementou a tecnologia apenas na linha Fine Jewelry Eternal Gold, voltada para jóias feitas com ouro reciclado.
Segundo a Bloomberg, outras marcas como Louis Vuitton e Maison Margiela também lançaram no último ano serviços baseados em blockchain a fim de identificar a autenticidade dos produtos.
Um levantamento de 2019 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico,que alinha políticas entre países para potencializar o crescimento econômico de seus membros, apontou que até US$ 464 bilhões são comercializados anualmente em produtos pirateados.
A aplicação de blockchain pode tornar menos arriscado para as casas de luxo entrarem no mercado de segunda mão, como um melhor rastreamento do histórico de vendas e reparo dos produtos de grife.
Em atuação há 110 anos, a Prada tem sede em Milão, na Itália. Foi apenas nos anos 1990 que a marca começou a ganhar notoriedade a partir da inauguração de suas lojas em Londres, Paris, Nova Iorque e São Francisco. Em 2022, gerou € 3.25 bilhões em receita.
Criado em 2021, o Consórcio Blockchain Aura é liderado pela Moet Hennessy Louis Vuitton (LVMH), um dos maiores conglomerados de marcas de luxo do mundo, composto por Louis Vuitton, Dior, Fendi, Givenchy e Tiffany & Co. A empresa busca investir em tecnologias e inovações com foco neste mercado.