
Novo lar para o sistema Fênix. Foto: Pixabay.
O Portal de Documentos, especializada em soluções para o processo de crédito para veículos e imóveis, migrou o Fênix, um dos seus sistemas internos mais importantes, para a nuvem da AWS.
O projeto durou dois meses e teve consultoria da GFT, multinacional alemã de desenvolvimento de software com forte presença na área financeira.
O sistema Fênix é utilizado para o processamento de documentações e outras interações cartorárias e foi migrado com algumas adaptações, mas não reescrito em uma linguagem nativa para nuvem.
“Com a migração, conseguimos nos credenciar em algumas exigências que temos de compliance, robustez e até mesmo segurança da informação”, explica Dariam Villela, diretor de tecnologia da informação no Portal de Documentos.
O Portal de Documentos foi comprado em 2019 pela B3 (a antiga Bovespa) por um valor que poderia chegar a R$ 175 milhões, sendo R$ 50 milhões à vista e o restante em até quatro anos, dependendo do cumprimento de metas.
A GFT Brasil aumentou seu faturamento em euros no Brasil em 44% no ano ado, atingindo um total de € 48,95 milhões, o que, pelo câmbio atual do euro, é hoje R$ 317 milhões.
O resultado é ainda mais notável tendo em conta que 2020 foi um ano de grande desvalorização do real frente ao euro: o valor, que girava em torno de R$ 4,50 durante 2019, ou dos R$ 6 em maio de 2020 e nunca mais baixou.
Assim, a GFT Brasil teve que faturar consideravelmente mais em reais para obter o resultado em euros. A subsidiária brasileira ou a representar 11% das receitas mundiais, contra 8% em 2019.
O faturamento total da GFT, que tem sede na Alemanha e atua principalmente em desenvolvimento de software no setor financeiro como Deutsche Bank e Barclays, chegou a € 444,85 milhões, um crescimento de 4%.
O crescimento no Brasil se refletiu no time total no país, que chegou a 1.537 colaboradores em 31 de dezembro de 2020, um crescimento anual de 61%.
É uma quarta parte do total de funcionários da empresa no mundo, que fica hoje em 6 mil.
A GFT abriu sua operação no Brasil em 2006 em Sorocaba, no interior paulista, com objetivo de ser um centro de desenvolvimento offshore.
A partir de 2011, a empresa ou a focar mais no mercado local (foi um movimento comum de muitas empresas com centros de off shore), decolando no país desde então: o faturamento cresceu 15 vezes.