Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras. Foto: Marcello Casal Jr./ABr.
A Petrobras tem 32,4% de chances de falir nos próximos dois anos conforme análise da Macroaxis, a de investimentos americana. A cifra é muito superior do que o de outras empresas do setor.
A ExxonMobil, de óleo e gás, tem 0,86% de probabilidade de falência, enquanto a Chevron tem 8,96% e a Petrochina tem 12,27%, conforme dados divulgados pela Exame.
Porém, a a informou que as empresas com índice superior a 90% têm reais chances de falirem nesse período e as que têm até 15% costumam apresentar crescimento.
No momento em que a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) prevê a venda de 5.356.629 unidades no ano no Brasil, a Petrobras está em crise.
Na semana ada, as ações da companhia caíram 10% em um dia, após o anúncio de reajuste dos preços dos combustíveis. Com isso, a estatal perdeu R$ 25 bilhões de reais em valor de mercado.
A situação financeira é resultado de uma combinação de produtos estanque e investimentos acima da geração de caixa.
A produção em setembro foi de 1,921 milhão de barris/dia, um pouco abaixo dos 2,021 milhões de barris/dia da média de 2011.
A dívida líquida aumenta trimestre a trimestre, saltando mais de R$ 135 bilhões desde a capitalização de R$ 120 bilhões feita há três anos, para R$ 193 bilhões em setembro, sendo R$ 45 bilhões com o BNDES e outros R$ 20 bilhões divididos entre Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Na outra ponta, desde o aumento de capital, o valor de mercado da companhia caiu 30%, de R$ 373,8 bilhões em setembro de 2010 para R$ 263,3 bilhões em setembro deste ano.