Curitiba é a capital brasileira do MPS.BR. Foto: Shutterstock
O Paraná acaba de assumir a posição de estado brasileiro com o maior número de empresas certificadas MPS.BR, com um total de 48 companhias, três a mais do que as do segundo lugar, São Paulo.
O Rio Grande do Sul segue em terceiro, com 34. Os números, atualizados nesta semana, pela Softex, que gerencia o modelo de qualidade de software brasileiro. Ao todo, existem hoje no país 277 avaliações válidas do MPS.BR.
O número de empresas que já obtiveram a certificação em algum momento, mas não fizeram recertificações, chega a 581.
A liderança do Paraná, um estado com uma população de 11 milhões, um quarto da paulista, tem que ver com a atuação dos arranjos produtivos paranaenses do setor de software.
Eles foram criados entre 2007 e 2008 e cobrem as regiões geográficas de Curitiba, Campos Gerais, Oeste, Maringá, Londrina e Sudoeste. Um APL é uma organização que reúne empresas e entidades de um determinado setor para promover o desenvolvimento local, por meio de ações de qualificação, por exemplo.
Além dos APLs, Curitiba trabalha para voltar a contar com um agente Softex na capital do Paraná, o que facilitaria o o a recursos alocados pelo governo federal para promover o MPS.BR.
No final de novembro, os empresários do APL local vão realizar um evento para recepcionar dirigentes da agência, que vão conhecer o potencial das empresas de base tecnológica da cidade e região metropolitana.
O Paraná como um todo anda em alta. Nesta semana, o estado ultraou o Rio Grande do Sul e se tornou a quarta maior economia do Brasil.
A economia paranaense respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas no país em 2013, atrás de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%) e Minas Gerais (9,2%). O Rio Grande do Sul ficou com 6,2%.
Lançado pela Softex em 2003, o modelo MPS.BR é espelhado nos níveis do CMMI, um padrão internacional de qualidade de software criado pela universidade americana de Carnegie Mellon.
Nos últimos anos o MPS.BR, que tem mais níveis intermediários de implementação e muitas vezes custos de consultoria subsidiados pelo governo, tem ganho mais visibilidade, enquanto o CMMI fica mais a empresas multinacionais ou focadas em exportações.
Em 2014, por exemplo, foram feitas no Brasil apenas 33 avaliações ou reavaliações de CMMI, contra 40 em 2013 e 22 em 2012.