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Avaliando o último ano e meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, o veredicto a que se chega é que deveria ser fechada. É a opinião de representantes de entidades gaúchas do setor de TI, como o presidente do Seprorgs, Renato Turk Faria.
“Hoje, a impressão que dá é de que a SCT está sendo rifada! Se não é para ser um órgão forte, então deveria ser fechada e ter suas atividades transferidas para outros órgãos mais empoderados do governo”, ressalta Turk.
O empresário enfatiza que não é uma questão “apenas de dinheiro, mas de clareza na definição de funções, na comunicação e cooperação com outras secretarias”.
A indignação tem motivo: atualmente, a SCT é comandada por Paulo Maciel, que assumiu o posto interinamente há menos de um ano, após a saída de Pedro Westphalen, que pediu para sair depois de um mandato de oito meses, alegando discrepâncias entre o PP e o governo..
No período, o presidente do Seprorgs chegou a fazer críticas públicas a Westphalen pelo distanciamento da secretaria em relação ao setor, durante um evento organizado por entidades do segmento ao qual este não compareceu.
A própria nomeação de Maciel foi confusa. Antes de ele ser denominado titular, ainda que temporário, da secretaria, o nome informado via Diário Oficial para o posto era o de Dario Azevedo, então diretor Técnico do órgão. No dia 22 de novembro de 2007, porém, foi Maciel quem tomou posse no Palácio Piratini.
Bem visto pelo setor, devido à sua atuação como empresário na área de software, Maciel permanece na posição. Um novo nome já foi definido para assumir a secretaria em definitivo na gestão Yeda Crusius: Artur Lorentz, presidente da Sulgás e indicado pelo PP para a pasta em 15 de agosto deste ano.
A escolha aconteceu após meses de especulação sobre quem seria o novo indicado do PP, com sucessivos candidatos declinando o convite. Pedro Maciel chegou a fazer um ato público para apresentar a importância da secretaria no começo de agosto, no qual se declarou preocupado com o "desinteresse" em torno da pasta.
De lá para cá, muitos foram os boatos sobre sua oficialização e posse. Entretanto, o anúncio oficial do Piratini só saiu na segunda-feira, 08 de setembro, e mesmo assim, nenhum empossamento foi agendado.
Por sinal, o próprio Maciel, que chegou a colocar o cargo à disposição em junho deste ano, ainda não tem idéia de por quanto tempo ficará no cargo. “Não há uma data definida para a troca ainda. Acredito que isso se deva a uma série de alterações que têm sido necessárias no estado, por parte do PP, além das definições da Sulgás para a saída de Lorentz”, declara o secretário interino.
Lorentz também não sabe ao certo o que se a. “Posso dizer que estou pronto para assumir o cargo. Enquanto isso não ocorre, sou presidente da Sulgás”, diz ele.
Indefinições que atrapalham até mesmo quem quer fazer. “A SCT, hoje, está aquém das expectativas do setor de TI, mas não é culpa do atual secretário! Ele é mais uma vítima do distanciamento entra a secretaria e o governo”, afirma Turk.
Resumo da ópera: a secretaria, criada em 1990, não se define; o setor não conta com um braço forte estadual e a TI é quem sofre. Por hora, projetos e mais projetos vão sendo engessados pela confusão no órgão público, segundo Jorge Branco, presidente da Assespro-RS.
“Com toda esta indefinição, os projetos não saem do chão. Há, por exemplo, o programa da Assespro para capacitação de mão-de-obra em escolas gaúchas. Por hora, somente realizamos iniciativas na instância municipal, pois existe comprometimento”, declara Branco. “No estado, a cada novo projeto, temos de tratar com um novo secretário. Não há continuidade”, lamenta.
Outra prejudicada é a Lei de Inovação, analisada e comentada por diversas entidades gaúchas ligadas à tecnologia, que entregaram suas sugestões sobre o assunto à SCT em setembro de 2007. “Hoje, parece ser um projeto engavetado no estado”, avalia Branco.
Maciel afirma que o projeto anda. “O esboço já está pronto. Agora, precisamos de alterações na lei federal para ajustá-la, dar mais flexibilidade. Em outubro, na Semana de Ciência e Tecnologia, o esboço será apresentado para apreciação da Assembléia gaúcha”, revela o secretário. Enquanto isso, seis estados brasileiros já aprovaram suas leis de inovações.
Apesar da confusão, Maciel mostra-se calmo. Segundo ele, sua posição interina e a demora na posse de um novo secretário não o atrapalhou em nada: “estou trabalhando normalmente”, garante.
Além disso, ele é categórico em afirmar que Lorentz, assim que assumir, já estará inteirado à pasta. “Ele é meu amigo, mantemos um diálogo muito bom. Já analisamos, conjuntamente, pontos referentes à secretaria, para que ele possa dar continuidade ao trabalho atual e reforçar seus projetos futuros”, finaliza.
“Hoje, a impressão que dá é de que a SCT está sendo rifada! Se não é para ser um órgão forte, então deveria ser fechada e ter suas atividades transferidas para outros órgãos mais empoderados do governo”, ressalta Turk.
O empresário enfatiza que não é uma questão “apenas de dinheiro, mas de clareza na definição de funções, na comunicação e cooperação com outras secretarias”.
A indignação tem motivo: atualmente, a SCT é comandada por Paulo Maciel, que assumiu o posto interinamente há menos de um ano, após a saída de Pedro Westphalen, que pediu para sair depois de um mandato de oito meses, alegando discrepâncias entre o PP e o governo..
No período, o presidente do Seprorgs chegou a fazer críticas públicas a Westphalen pelo distanciamento da secretaria em relação ao setor, durante um evento organizado por entidades do segmento ao qual este não compareceu.
A própria nomeação de Maciel foi confusa. Antes de ele ser denominado titular, ainda que temporário, da secretaria, o nome informado via Diário Oficial para o posto era o de Dario Azevedo, então diretor Técnico do órgão. No dia 22 de novembro de 2007, porém, foi Maciel quem tomou posse no Palácio Piratini.
Bem visto pelo setor, devido à sua atuação como empresário na área de software, Maciel permanece na posição. Um novo nome já foi definido para assumir a secretaria em definitivo na gestão Yeda Crusius: Artur Lorentz, presidente da Sulgás e indicado pelo PP para a pasta em 15 de agosto deste ano.
A escolha aconteceu após meses de especulação sobre quem seria o novo indicado do PP, com sucessivos candidatos declinando o convite. Pedro Maciel chegou a fazer um ato público para apresentar a importância da secretaria no começo de agosto, no qual se declarou preocupado com o "desinteresse" em torno da pasta.
De lá para cá, muitos foram os boatos sobre sua oficialização e posse. Entretanto, o anúncio oficial do Piratini só saiu na segunda-feira, 08 de setembro, e mesmo assim, nenhum empossamento foi agendado.
Por sinal, o próprio Maciel, que chegou a colocar o cargo à disposição em junho deste ano, ainda não tem idéia de por quanto tempo ficará no cargo. “Não há uma data definida para a troca ainda. Acredito que isso se deva a uma série de alterações que têm sido necessárias no estado, por parte do PP, além das definições da Sulgás para a saída de Lorentz”, declara o secretário interino.
Lorentz também não sabe ao certo o que se a. “Posso dizer que estou pronto para assumir o cargo. Enquanto isso não ocorre, sou presidente da Sulgás”, diz ele.
Indefinições que atrapalham até mesmo quem quer fazer. “A SCT, hoje, está aquém das expectativas do setor de TI, mas não é culpa do atual secretário! Ele é mais uma vítima do distanciamento entra a secretaria e o governo”, afirma Turk.
Resumo da ópera: a secretaria, criada em 1990, não se define; o setor não conta com um braço forte estadual e a TI é quem sofre. Por hora, projetos e mais projetos vão sendo engessados pela confusão no órgão público, segundo Jorge Branco, presidente da Assespro-RS.
“Com toda esta indefinição, os projetos não saem do chão. Há, por exemplo, o programa da Assespro para capacitação de mão-de-obra em escolas gaúchas. Por hora, somente realizamos iniciativas na instância municipal, pois existe comprometimento”, declara Branco. “No estado, a cada novo projeto, temos de tratar com um novo secretário. Não há continuidade”, lamenta.
Outra prejudicada é a Lei de Inovação, analisada e comentada por diversas entidades gaúchas ligadas à tecnologia, que entregaram suas sugestões sobre o assunto à SCT em setembro de 2007. “Hoje, parece ser um projeto engavetado no estado”, avalia Branco.
Maciel afirma que o projeto anda. “O esboço já está pronto. Agora, precisamos de alterações na lei federal para ajustá-la, dar mais flexibilidade. Em outubro, na Semana de Ciência e Tecnologia, o esboço será apresentado para apreciação da Assembléia gaúcha”, revela o secretário. Enquanto isso, seis estados brasileiros já aprovaram suas leis de inovações.
Apesar da confusão, Maciel mostra-se calmo. Segundo ele, sua posição interina e a demora na posse de um novo secretário não o atrapalhou em nada: “estou trabalhando normalmente”, garante.
Além disso, ele é categórico em afirmar que Lorentz, assim que assumir, já estará inteirado à pasta. “Ele é meu amigo, mantemos um diálogo muito bom. Já analisamos, conjuntamente, pontos referentes à secretaria, para que ele possa dar continuidade ao trabalho atual e reforçar seus projetos futuros”, finaliza.