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Segundo Gandour, o aumento do investimento em P&D no país a pela valorização do capital intelectual, além do estímulo, proteção e remuneração aos funcionários inovadores. As universidades – conforme previsto pela recém aprovada Lei de Inovação do governo federal – devem participar da prototipagem das idéias geradas na iniciativa privada. “Não há sentido em gastar dinheiro replicando estruturas já existentes”, concluiu. Projetos de universidades privadas gaúchas como PUC e Ulbra foram apontados como exemplares pelo gerente, com a ressalva de que não contariam com a verba das federais.
Durante a palestra, o pesquisador desenhou um quadro de mudança na economia mundial, dentro do qual o modelo de propriedade industrial estaria sendo substituído pelo capital intelectual. “A disputa pelo mercado agora se dá entre conceitos, não entre produtos. O clientaço coorporativo compra idéias”, disse Gandour, que deu como exemplo do paradigma o Deep Blue, super computador da IBM que venceu o xadrezista russo Kasparov. Ele teria sido desenhado para provar a viabilidade de um produto projetado para a indústria farmacêutica.
Gandour foi enfático a respeito da relevância do tema: “Esse é o assunto mais importante da agenda econômica do país. Se as coisas não forem feitas corretamente, vamos voltar a ser uma economia extrativista”, avaliou.