
Nota digital e chega de papelzinho na carteira! Foto: divulgação Dimed.
A Paquetá aderiu à Nota Fiscal Gaúcha (NFG), projeto lançado pelo governo do Rio Grande do Sul nos moldes da Nota Fiscal Paulista, com vistas a estimular o consumidor final a exigir notas fiscais de suas compras, com a possibilidade de concorrer a prêmios em dinheiro.
No programa, as notas são identificadas pelo F do comprador, gerando cupons eletrônicos que reduzem a necessidade de impressora fiscal nos pontos de venda, já que a nota em papel só é impressa se o cliente fizer questão.
No ato da compra é gerada uma NF-e contendo chave de o com dígitos para que a pessoa possa consultar o documento quando quiser no site da Nota Fiscal Eletrônica – como já ocorre no meio corporativo.
A nova nota é autorizada em tempo real, à semelhança das transações realizadas por meio das máquinas de cartões de crédito, garante a Sefaz.
Ainda em fase inicial, a NFG é de adesão opcional, mas conforme o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, a meta é oficializar o modelo, com um sistema único de emissão de notas fiscais, nos próximos meses.
“Mais prático e menos oneroso, o novo modelo também traz a transparência e segurança da NF-e”, ressalta Pereira.
PILOTO
A Paquetá, que aderiu ao programa na sexta-feira, 24, também faz parte do projeto-piloto da Nota Fiscal Eletrônica do Consumidor, ao lado de Panvel, Lojas Colombo e Renner.
A varejista de calçados pertence a um grupo composto por indústria, varejo e marcas próprias, empreendimentos imobiliários e a de cartões de crédito, cujo faturamento ficou em R$ 1,9 bilhão em 2011, do que o varejo foi responsáel por quase a metade.
A rede conta com 296 lojas e foi a segunda a entrar no programa da no ta eletrônica ao consumidor.
A PRIMEIRA
A primeira foi a Panvel, há três meses.
De acordo com o gerente de TI do Grupo Dimed Panvel, Carlos Dottori, a adesão trará muita economia à empresa, especialmente em gastos com bobinas de papel para impressão de cupons fiscais.
“Em média, utilizamos 140 caixas de bobinas semanais, com custo de R$ 27 mil, ou seja, mais de R$ 300 mil por ano”, comenta o gerente. “Se reduzirmos este valor em 30% já estaremos falando de algo em torno de R$ 100 mil”, completa.
Sem falar que, segundo Dottori, a impressora fiscal é o equipamento mais caro de um PDV, e, com a eliminação de sua necessidade, o custo para montagem de um caixa pode cair em até 50%.
O modelo empolgou tanto que, na Panvel, a NF-e para o consumidor estreou em uma farmácia, mas nos próximos meses se expandirá a todas as 240 unidades do Rio Grande do Sul.
Além disso, nas cerca de dez novas lojas que a Panvel pretende abrir este ano no estado, a meta é já iniciar conjugando o modelo tradicional à nota eletrônica ao consumidor.
ESTÍMULO
Na NFG, os consumidores que exigem a nota participam de sorteios desde que informem, a cada compra, o número do F ou CNPJ.
Além de concorrer aos prêmios para si, os clientes podem optar por indicar entidades assistências cadastradas para receberem o dinheiro em doações.
A iniciativa do governo gaúcho conta com um site chamado Portal da Cidadania Fiscal, no qual se pode acompanhar dados de pontuação, sorteios, destinação e aplicação das verbas readas.