ESTRATÉGIA

Oracle: líder de SaaS na AL até 2017 522350

Atualmente a empresa tem aproximadamente 800 clientes cloud na região. 1m5z1s

27 de outubro de 2015 - 17:05
Eduardo López, VP Senior de Consultoria e Cloud da Oracle na América Latina. Foto: Divulgação.

Eduardo López, VP Senior de Consultoria e Cloud da Oracle na América Latina. Foto: Divulgação.

Dentro da estratégia de acelerar seus negócios em cloud, a Oracle também tem planos ambiciosos para a América Latina. Um deles é de se tornar a maior potência da região no mercado de softwares como serviço (SaaS), uma meta que a companhia quer alcançar em no máximo dois anos.

"Vemos um grande potencial para a América Latina. Queremos ser o líder em SaaS na região em pouco tempo", afirmou o CEO da companhia, Mark Hurd, em uma coletiva com jornalistas latino-americanos durante o Oracle Open World, em San Francisco.

Embora a empresa não divulgue números regionais, o que ela revela é que nos últimos dois anos a companhia vem escalando rapidamente sua receita em SaaS, com crescimento de dois dígitos e "acima de 50%".

Segundo Eduardo López, VP Senior de Consultoria e Cloud da Oracle na América Latina, a empresa teve um crescimento notável em relação a dois anos atrás, quando não possuía nenhuma oferta de software na nuvem.

"Com esse ritmo, queremos alcançar a liderança local no SaaS, assim como superar a sua receita proveniente da venda de aplicações on-premise na região em dois anos", afirmou o VP.

Para López, o data center inaugurado em Campinas em agosto será decisivo para escalar essa presença, ampliando gradualmente o portfólio de ofertas da companhia em cloud.

Segundo o executivo, atualmente a empresa tem aproximadamente 800 clientes cloud na região, com companhias de grande porte até pequenas e médias.

"É uma mudança de modelo para nós. Até mesmo em empresas grandes em que fizemos projetos de nuvem, como a Oi, o escopo foi reduzido, com três implementações menores em paralelo", explicou López.

A companhia afirma já possuir 100% de suas aplicações disponíveis da nuvem, entretanto não deu detalhes sobre quantas destas soluções já estão no data center de Campinas. Marketing, e-commerce e recursos humanos são algumas das frentes mais solicitadas, revelou López.

No anúncio original do data center, feito em junho, a Oracle sinalizou que teria uma oferta gradual de 11 soluções de SaaS, com foco em gestão istrativa e finanças, e depois expandirá o portfólio. Depois, entrariam  soluções em nuvem para supply chain e manufatura.

Conforme explica Hurd, a adoção das soluções cloud Oracle na América Latina está num ritmo consistente, semelhante a outros mercados mais fortes economicamente ao redor do mundo.

"O crescimento de SaaS nos países latinos está maior do que muitos imaginam. As empresas estão buscando eficiência e redução de custos, exatamente o que a nuvem tem a oferecer", afirmou o CEO.

Apesar da alta confiança de sua oferta SaaS para os países latinos, tanto López quanto Hurd acreditam que a consolidação da oferta de Plataforma como Serviço (PaaS) da companhia virá em um segundo momento.

"As empresas começarão pelas camadas mais altas do stack, as aplicações, e depois avançarão, de acordo com sua necessidade e maturidade do negócio", destacou Hurd.

De acordo com López, o crescimento da receita de PaaS tem percentuais semelhantes ao SaaS na região, mas ainda estão bastante atrás dos negócios de plataforma on-premise, tradicional carro-chefe da companhia e a maior fatia dos US$ 38 bilhões que a companhia faturou em 2014.

A busca pela liderança em aplicações cloud na América Latina é um desafio novo não apenas para a Oracle. Além das investidas das atuais gigantes do segmento, como Salesforce, empresas como SAP anunciaram investimentos para escalar sua presença em SaaS.

Em setembro de 2014, a SAP divulgou a instalação de um data center no Brasil para ofertar o software de gestão de capital humano SuccessFactors. Entretanto, o investimento, avaliado em R$ 19 milhões, não saiu do papel, nem tem mais uma data de entrega definida.

Segundo fontes de mercado, o plano inicial da SAP era contratar a estrutura de um provedor de TI na grande São Paulo. Esse plano não teria ido para frente e agora a SAP estaria considerando construir uma estrutura em Campinas, em estratégia semelhante a adotada pela concorrente Oracle.

*Leandro Souza viajou a São Francisco para o Oracle Open World a convite da Oracle.

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