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A Oracle acaba de anunciar que comprará a Sun Microsystems por US$ 9,50 por ação, em operação que avalia a fabricante de servidores em US$ 7,4 bilhões.
O valor fica em US$ 5,6 bilhões, quando excluídos o caixa e dívidas da fabricante. A expectativa é que a aquisição gere um adicional de US$ 1,5 bilhão para o lucro operacional da compradora, mais do que o gerado pelas aquisições da BEA, PeopleSoft e Siebel juntas. No segundo ano, a meta será US$ 2 bilhões.
A novidade acontece depois que as negociações entre IBM e Sun Microsystems fracassaram, há duas semanas. Segundo fontes próximas, ouvidas pela Reuters, a empresa teria recusado oferta de US$ 9,40, feita pela IBM. O Conselho de istração da Sun aprovou a transação por unanimidade.
"A aquisição da Sun transforma indústria de TI, combinando o melhor do software empresarial e dos sistemas de missão crítica", declara o CEO da Oracle, Larry Ellison, em comunicado oficial. "Oracle e Sun são pioneiras da indústria e parceiras. Esta combinação é a evolução natural do relacionamento e um evento que redefine a indústria", completa o chairman da Sun, Scott McNealy.
Desdobramentos
"Java é uma das maiores marcas da indústria de informática e é o mais importante software Oracle já adquirido. Com a aquisição, a Oracle pode garantir a continuidade da inovação e do investimento em tecnologia Java para o benefício dos clientes e da comunidade", afirma o comunicado, sem citar as consequências para o MySQL - plataforma adquirida pela Sun em 2008 por US$ 1 bilhão.
Impacto
Assim que a compra foi anunciada, usuários preocupados com o futuro do Java e do MySQL usaram o Twitter para debater a negociação.
"Oracle comprando a Sun, a principal empresa do MySQL, OpenOffice, Java, virtualbox. Que medo", comentou o presidente da associação Software Livre.org, organizadora do Fórum de Software Livre, Marcelo Branco.
Mais de 140 comentários sobre a aquisição foram feitos, apenas em português, em menos de uma hora. "A compra da Sun pela Oracle pode traduzir-se no fim do MySQL e do Java free as in beer", brinca o design Álvaro Ferro.
Nem todos são pessimistas quanto à compra. "Quando a Sun comprou o MySQL, o servidor recebeu um up muito grande e a ferramenta ficou bem melhor. Assim, não é de se duvidar que com a Oracle ele fique bem melhor, mas nunca, tão bom quanto o Oracle em si", afirma o líder de desenvolvimento da F1 Soluções, Charles Pilger.
Pilger também destaca as possibilidade de melhoria do OpenOffice. "Não é de hoje que a Oracle compra briga com a Microsoft e um conjunto de ferramentas de escritório era o que faltava para ela", prevê Pilger.
Futuro do Java
Na opinião de Dalton Camargo, desenvolvedor do JavaBB e fundador do portal JavaFree.org, a Sun nunca deu o devido valor ao Java, muito menos às comunidades que o fomentam.
Segundo o desenvolvedor, a Oracle não tem carisma na comunidade e vem mostrando que evolui seus produtos sem transparência para os clientes. Além disso, Camargo acredita que a Oracle parte de um premissa desenfreada por evoluções sem harmonia, o que gera medo nos desenvolvedores.
"Não sabemos se a tecnologia que estamos trabalhando hoje não será descontinuada amanhã sem nenhum tipo de aviso, como já aconteceu com produtos como Oracle WorkFlow que virou BPEL, o próprio ADF que está virando OAF e assim sucessivamente", complementa.
O valor fica em US$ 5,6 bilhões, quando excluídos o caixa e dívidas da fabricante. A expectativa é que a aquisição gere um adicional de US$ 1,5 bilhão para o lucro operacional da compradora, mais do que o gerado pelas aquisições da BEA, PeopleSoft e Siebel juntas. No segundo ano, a meta será US$ 2 bilhões.
A novidade acontece depois que as negociações entre IBM e Sun Microsystems fracassaram, há duas semanas. Segundo fontes próximas, ouvidas pela Reuters, a empresa teria recusado oferta de US$ 9,40, feita pela IBM. O Conselho de istração da Sun aprovou a transação por unanimidade.
"A aquisição da Sun transforma indústria de TI, combinando o melhor do software empresarial e dos sistemas de missão crítica", declara o CEO da Oracle, Larry Ellison, em comunicado oficial. "Oracle e Sun são pioneiras da indústria e parceiras. Esta combinação é a evolução natural do relacionamento e um evento que redefine a indústria", completa o chairman da Sun, Scott McNealy.
Desdobramentos
"Java é uma das maiores marcas da indústria de informática e é o mais importante software Oracle já adquirido. Com a aquisição, a Oracle pode garantir a continuidade da inovação e do investimento em tecnologia Java para o benefício dos clientes e da comunidade", afirma o comunicado, sem citar as consequências para o MySQL - plataforma adquirida pela Sun em 2008 por US$ 1 bilhão.
Impacto
Assim que a compra foi anunciada, usuários preocupados com o futuro do Java e do MySQL usaram o Twitter para debater a negociação.
"Oracle comprando a Sun, a principal empresa do MySQL, OpenOffice, Java, virtualbox. Que medo", comentou o presidente da associação Software Livre.org, organizadora do Fórum de Software Livre, Marcelo Branco.
Mais de 140 comentários sobre a aquisição foram feitos, apenas em português, em menos de uma hora. "A compra da Sun pela Oracle pode traduzir-se no fim do MySQL e do Java free as in beer", brinca o design Álvaro Ferro.
Nem todos são pessimistas quanto à compra. "Quando a Sun comprou o MySQL, o servidor recebeu um up muito grande e a ferramenta ficou bem melhor. Assim, não é de se duvidar que com a Oracle ele fique bem melhor, mas nunca, tão bom quanto o Oracle em si", afirma o líder de desenvolvimento da F1 Soluções, Charles Pilger.
Pilger também destaca as possibilidade de melhoria do OpenOffice. "Não é de hoje que a Oracle compra briga com a Microsoft e um conjunto de ferramentas de escritório era o que faltava para ela", prevê Pilger.
Futuro do Java
Na opinião de Dalton Camargo, desenvolvedor do JavaBB e fundador do portal JavaFree.org, a Sun nunca deu o devido valor ao Java, muito menos às comunidades que o fomentam.
Segundo o desenvolvedor, a Oracle não tem carisma na comunidade e vem mostrando que evolui seus produtos sem transparência para os clientes. Além disso, Camargo acredita que a Oracle parte de um premissa desenfreada por evoluções sem harmonia, o que gera medo nos desenvolvedores.
"Não sabemos se a tecnologia que estamos trabalhando hoje não será descontinuada amanhã sem nenhum tipo de aviso, como já aconteceu com produtos como Oracle WorkFlow que virou BPEL, o próprio ADF que está virando OAF e assim sucessivamente", complementa.