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Marcelo Lombardo, CEO e fundador da Omie. Foto: divulgação.
A Omie, plataforma brasileira de software de gestão na nuvem, acaba de receber um aporte de R$ 580 milhões em rodada série C liderada pelo SoftBank Latin America Fund com participação de Riverwood Capital, Dynamo, Velt, Bogari Capital, Hix Capital e Brasil Capital.
Fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos, a scale-up tem sede em São Paulo e conta com 950 funcionários e 70 mil clientes.
Além da gestão por meio do software, a companhia possui a Omie Academy, braço educacional que leva capacitação profissional continuada aos empreendedores de forma gratuita.
No pilar de finanças, oferece o a serviços financeiros com conta digital nativa do sistema e cobranças via boleto e PIX, além de linhas de crédito e soluções para apoio à gestão de pequenas e médias empresas.
Uma delas é o Itaú Meu Negócio gestão by Omie, produto em parceria com o banco Itaú e que faz a integração dos sistemas de gestão e financeiro.
Até 2020, o foco da companhia estava principalmente em empresas com receita de até R$ 10 milhões e, logo no início da pandemia, ampliou sua estratégia de mercado para também buscar clientes com faturamento de até R$ 200 milhões.
No último ano, a scale-up cresceu mais de 70% e afirma ser um provável novo unicórnio “em um futuro próximo”, além de levantar a intenção de um futuro IPO.
Em rounds anteriores, a Omie já levantou pouco mais de R$ 110 milhões. Sua rodada Série A, em 2018, foi liderada pela Astella Investimentos, fundo que atraiu outros investidores como G5 e Spectra.
Já a série B, em 2019, foi liderada pela Riverwood, fundo norte americano com forte atuação na América Latina e que já investiu em empresas como Vtex, Conductor e 99.
Com o novo e maior aporte da história da Omie, os recursos devem ser utilizados em diversas frentes, desde a captação de clientes e ampliação de canais de distribuição, até evoluções no produto e ofertas de mais serviços financeiros às PMEs.
"Um dos nossos objetivos será reforçar a busca pelas micro e pequenas empresas que ainda precisam compreender os ganhos de uma melhor gestão para o seu negócio. Esse processo já vem sendo feito por meio de parcerias com escritórios de contabilidade”, destaca Marcelo Lombardo, CEO e fundador da Omie.
A companhia pretende ganhar uma musculatura importante para ampliar sua participação na competição com os “neobanks” que estão à caça das PMEs.
“Acreditamos que a Omie está muito bem posicionada para revolucionar o negócio de software de gestão, oferecendo soluções inovadoras para empresas de todos os tamanhos. Com um time talentoso e experiente, tem muito potencial para crescer e oferecer novos serviços para um mercado gigante e em rápida transformação,” afirma Carlos Medeiros, partner do SoftBank SBLA Advisers Corp.
Assim, o aporte deve contribuir para que a scale-up possa criar e aprofundar mais as ofertas de serviços financeiros, crédito, cash management e cobrança, tudo integrado nativamente ao software de gestão.
O Softbank é um gigante de telecomunicações e internet do Japão e anunciou seu Latin America Fund em março de 2019, com US$ 5 bilhões para investir na região ao longo de cinco anos.
Antes mesmo da abertura do fundo, já fez dois investimentos no Brasil: a 99, na qual fez um aporte de US$ 100 milhões em 2017, e a Loggi, onde liderou uma rodada de US$ 500 milhões em 2018.
No seu portfólio, ainda estão empresas como Creditas, Gym, MadeiraMadeira, Kavac, Loft, QuintoAndar, VTEX, Rappi e Banco Inter.