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Roni Wajnberg. Foto: divulgação.
A Oi anunciou esta semana o lançamento do Gestão de Saúde, serviço cloud destinada a clientes corporativos na vertical saúde, com foco especial na saúde pública.
A nova oferta, desenvolvida para suprir necessidades da atenção básica e auxiliar no gerenciamento e atendimento da demanda em centros de saúde, faz parte da Oi Smart Cloud, plataforma de software como serviço criada pela Oi em 2012.
Segundo o diretor de soluções de TI para o mercado corporativo da Oi, Roni Wajnberg, a nova aplicação chega para reforçar o portfólio da operadora em soluções para saúde. No início do ano a empresa lançou o Nuvem de Lado, ambiente para armazenamento e compartilhamento inteligente de informações clínicas.
"Agora estamos oferecendo uma solução ainda mais robusta para o atendimento de saúde, seguindo nosso plano em aumentar a presença junto a clientes deste segmento", explica Wajnberg.
Embora a Oi não revele metas com o novo produto, um dos focos declarados é a demanda por parte de estabelecimentos públicos como UPAs – Unidades de Pronto Atendimento - e nas UBSs – Unidades Básicas de Saúde. Entretanto, clínicas e hospitais privados também estão na mira da empresa.
"O sistema também permite, para as UPAs, a utilização de ferramentas de issão, classificação de risco e apoio ao encaminhamento do paciente para tratamento em outras unidades. Outras funcionalidades importantes, como a gestão do estoque de medicamentos, auxiliam no combate ao desperdício de medicamentos e insumos", explica o diretor.
O potencial junto a estabelecimentos como as UPAs e UBS é grande. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país conta com 445 UPAs em operação em todo o país. Quanto às UBS, são mais de 10 mil em todo o território nacional.
Outra funcionalidade citada pela Oi é que gestores e equipes de campo como médicos de saúde da família podem ter o via app mobile a relatórios de mapa de produção, indicadores gerenciais e de faturamento, assim como prontuários eletrônicos. A solução pode ser utilizada por médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde.
De acordo com Wajnberg, o plano com o novo produto é se aproximar das empresas de saúde não como uma solução isolada para o core business destes negócios, mas usar a presença da Oi como uma provedora de telecom e TI de forma integrada.
"Nosso diferencial junto aos clientes está nesta abordagem única, em que comunicação e e tecnologia de negócios estejam conectadas de forma prática, em uma fatura única e um atendimento único", frisa o executivo.
Para atender a demanda especializada em saúde, a empresa investiu em uma força de vendas própria para as soluções, que estão em conversas com clientes públicos e privados para fechar os primeiros contratos.
A estratégia pode funcionar de diversas formas, conforme aponta o diretor. Em uma única tacada, a oferta pode trazer novos clientes tanto para a telecom como a parte de serviços de TI.
Vale lembrar que a divisão de TI da Oi é que a registra o maior índice de crescimento nos resultados anuais da operadora. O setor B2B da empresa registrou crescimento anual na receita da companhia de mais de 20% no segundo trimestre de 2015, quando comparado ao mesmo período de 2014.
No segmento B2B, a estratégia da Oi é continuar apostando na venda de serviços de dados, datacenter, TI e cloud, aumentando a o número de clientes de TI dentro de sua base de clientes de telefonia. Hoje cerca de 15% dos clientes corporativos da Oi já usufruem de tecnologia da empresa.
Em junho, a companhia anunciou um novo investimento - de valor não aberto - para ampliar o seu data center em São Paulo, incrementando sua capacidade de computação para atender a demanda por serviços de cloud.
O projeto, com previsão de témino para setembro, representa o quinto centro de dados da Oi. Segundo a operadora, a nova estrutura possibilitará que a operadora efetue novas vendas da oferta de IaaS (infraestrutura como serviço) para clientes até 2016.