NEGÓCIOS

O desafio de empreender no mercado de software 5x6n4r

20 de setembro de 2017 - 10:06
Fábio Scabeni, diretor comercial da Visoft. Foto: Divulgação.

Fábio Scabeni, diretor comercial da Visoft. Foto: Divulgação.

Por Fábio Scabeni.
Muito se tem falado e muito tem sido escrito sobre as oportunidades de ter um negócio próprio no mercado de software. De fato, há um verdadeiro oceano de oportunidades, mas me causa estranheza ver e ouvir muito pouco ou quase nada sobre os desafios que serão encontrados por aqueles que decidem mergulhar nestas águas como empreendedores. Minha intenção, em palestras e artigos que trato do tema, não é desestimular ou assustar os aspirantes a empreendedor, mas sim, orientá-los sobre cuidados básicos com o novo negócio.

No Brasil existem mais de 11 mil empresas dedicadas ao desenvolvimento e comercialização de software. Se as pesquisas realizadas pela FGV em parceria com a Amway se confirmarem, este número tende a subir consideravelmente nos próximos anos, afinal, 82% dos brasileiros desejam ter um negócio próprio dentro dos próximos 5 anos. E aí está o grande desafio que abordo neste artigo para quem pretende empreender no mercado de software: identificar com sucesso, em meio à pilha de possibilidades existentes, oportunidades comercialmente atrativas. 

Costumo fazer uma mesma pergunta àqueles que me procuram pedindo opinião sobre um novo software que estão desenvolvendo:  “tem quem pague?” Ora, uma coisa é o desenvolvedor acreditar na própria ideia, outra coisa é conseguir vender o software a um preço que torne o negócio lucrativo. No entanto, ainda ouço muitos respondendo: “eu acho que sim”, isso porque nunca validaram o projeto com o persona mais importante: o suposto potencial cliente. Cito aqui como suposto, pois sem uma análise e validação, tudo não a de suposição. 

Quem decide mergulhar no oceano de oportunidades do mercado de software não pode se dar ao luxo de atuar como jogador em um cassino, apostando em projetos e estratégias baseado apenas na intuição ou em palpites. É necessário ouvir o mercado, realizar análises e conhecer a fundo do negócio que pretende atender com o seu software. Os aspirantes a empreendedor precisam olhar para o seu software não como o fim, mas como o meio para resolver problemas dos seus clientes. Em outras palavras, primeiro o consumidor, depois o software.

Estou convencido de que a melhor sugestão a ser dada para quem pretende abrir o próprio negócio no mercado de software é: “Comece a vender seu software antes mesmo de escrever a primeira linha de código.” Quando isso acontece, ocorre aquisição de conhecimento técnico do negócio, problemas possíveis de serem resolvidos com inovação (de valor) são identificados e uma pergunta determinante para seguir em frente ou abortar o início do novo software pode ser respondida: “Quanto custa ao cliente não comprar?”.  Minha experiência tem me mostrado que um software com tecnologias novas nem sempre é uma oportunidade comercialmente atrativa. Na verdade, o software precisa resolver problemas, ineficiências e erros que custem mais caro que a compra do software, sendo o preço do software adequado para que o negócio se torne lucrativo. 

Vai empreender no mercado de software? Saiba de uma coisa: “Desenvolver software comercialmente atrativo ou software sem potencial de venda dá o mesmo trabalho.” O sucesso do novo negócio depende da escolha das oportunidades. Como é difícil escolhê-las! 

*Fábio Scabeni é diretor comercial da Visoft.

Leia mais 59b1u

MOBILIZAÇÃO

Porto Alegre tem Frente de TI 4c3o1

Há 2812 dias
FOCO

Meditando sobre o mindfulness 5h2819

Há 2820 dias
PARQUES

Tecnosinos tem coworking 3e6w1i

Há 2823 dias
CAPACITAÇÃO

Facebook terá centro de formação em SP 6s406x

INOVAÇÃO

Tecnopuc: coworking tem selo Poa.hub 3q4e3n

INOVAÇÃO

Oi abre o Oito, seu espaço para startups 445j1z

RH

Gupy recebe aporte de R$ 1,5 milhão 326059