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Marco Antônio Zanini.
A NFe do Brasil, um dos maiores fornecedores de soluções de nota fiscal eletrônica do Brasil, disponibiliza desde essa terça-feira, 30, o Nota Grátis, produto que permite a emissão de notas fiscais eletrônicas gratuitamente pela internet.
Até o primeiro trimestre de 2015, o serviço estará disponível na plataforma mobile para os sistemas Android e iOS.
O software roda na nuvem. A “pegadinha”, por dizer de alguma forma, é que a oferta não inclui o armazenamento das notas, que é cobrado após 30 dias de uso gratuito.
A obrigação fiscal armazenar todas as notas fiscais emitidas referente aos último cinco anos, mais o ano corrente. Para guardar e fazer busca nas notas, a NFe do Brasil cobrará R$ 0,20 por nota por ano.
Questionada pela reportagem do Baguete, a NFe do Brasil preferiu não comentar qual seria o volume de notas emitidas pelas empresas alvo da iniciativa.
No entanto, não é complicado concluir que a empresa está de olho em empresas com volumes de emissões inferiores às dos seus clientes típicos.
Atualmente, três mil clientes já emitem notas fiscais eletrônicas pelos serviços da NFe do Brasil. O número é o triplo do divulgado em agosto do ano ado.
A lista que inclui nomes como Shell, Coca-Cola, Natura, Honda, Gerdau, Toyota e Ultragaz.
Para a Nota Grátis, a meta é atingir muito mais, chegando em 15 mil até o próximo ano.
“Com esta nova oferta, amos a oferecer a automação fiscal mais completa do mercado. Ter um portfólio robusto de produtos e serviços integrados faz parte da estratégia da NFe do Brasil de se tornar uma empresa líder no mercado brasileiro de solução de inteligência fiscal eletrônica na plataforma cloud”, afirma Marco Antônio Zanini, diretor-geral da NFe do Brasil.
Com o mercado de emissão de notas em processo de comoditização crescente, a estratégia de Zanini faz todo sentido e a inclusive por aquisições.
No ano ado, a empresa adquiriu a Midiaware, especializada em desenvolvimento de soluções fiscais e implantação de ERP, por R$ 10 milhões.
A NFe do Brasil foi criada em 2008, a partir da fusão do Grupo TBA, holding composta pela integradora B2Br e pela True Access Consulting, com a Comercial Mineira, uma das empresas do Grupo BMG, que resultou no lançamento da nova companhia.
O faturamento atual não é divulgado, mas na época do lançamento da NFe do Brasil, os grupos fusionados anunciavam meta de chegar a uma receita anual de R$ 100 milhões em até cinco anos – o que se completou em 2013.
Em 2011, o Grupo TBA, que detinha 50% da NFe do Brasil, fez uma t venture com a catarinense Benner Sistemas, lançando a Globalweb Corp.
A t-venture combinava, então, aplicativos verticais e serviços de infraestrutura e anunciava a meta de liderar a oferta de soluções de computação em nuvem no país,além de faturar mais de R$ 500 milhões até 2014, com taxa de crescimento anual de 28%.