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Anthony Eigier, CEO da NeuralMed. Foto: divulgação.
A NeuralMed, startup que desenvolve soluções de auxílio à triagem e tomada de decisão para instituições de saúde, recebeu um aporte de R$ 3,2 milhões em rodada liderada por quatro fundos de investimentos: Alexia Ventures, Norte Ventures, MG Tech e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além da participação de investidores anjo.
A startup foi fundada em 2018 pelo empresário Anthony Eigier (CEO) e pelo radiologista André Castilla (CMO) com a proposta de dar mais precisão às tomadas de decisão dos profissionais da saúde e também minimizar o tempo e os custos na obtenção de resultados.
Eigier é formado em economia pela Northwestern University, fundou em 2012 a Tree Labs, uma aceleradora de startups, e co-fundou a Fanatee, uma startup de jogos para celular que hoje é uma das maiores empresas do setor no Brasil.
Já Castilla é médico radiologista formado pela FM USP, possui MBA em istração hospitalar e sistemas de saúde pela FGV e é médico pesquisador no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Eles desenvolveram um sistema que conta com inteligência artificial para detectar patologias em imagens e textos médicos de múltiplas modalidades.
“A assertividade da plataforma da NeuralMed se compara às principais soluções mundiais, e, na nossa visão, Anthony e a sua equipe tem todo o potencial para levar a empresa à liderança no Brasil e no mundo”, afirma Patrick Arippol, sócio e cofundador da Alexia Ventures.
Com o montante, a healthtech prevê um crescimento exponencial nos próximos anos e planeja expandir a operação para outros países, desenvolver novas ferramentas e potencializar o uso da tecnologia no setor da saúde.
Em 2021, a empresa pretende atender mais de 20 hospitais e, até 2025, crescer 700%, somando mais de 1 milhão de análises de exames por mês em vários países.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) apontou que entre 50% e 70% das condutas médicas são feitas baseadas em exames diagnósticos.
A Allied Market Research, consultoria global de mercado, divulgou um estudo que indica que o mercado global de big data para saúde era de US$ 16,87 bilhões em 2017. Até 2025, o valor pode chegar a US$ 67,82 bilhões.
“Esses dados mostram que esse mercado é muito promissor, mas ainda há muito o que evoluir. Por isso, esse investimento será muito importante, pois vai permitir que possamos desenvolver ferramentas inovadoras e indispensáveis para o dia a dia desses profissionais, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento médico e, simultaneamente, diminuir os custos do sistema de saúde”, explica Anthony Eigier, CEO da NeuralMed.