
Roberto Dariva
A Navita, paulista especializada em soluções para portais/intranets e BlackBerry, pretende fechar o ano com ao menos duas empresas compradas.
O plano, para o qual será destinado investimento na casa dos R$ 3 milhões, mira companhias focadas em aplicativos móveis e serviços de mobilidade, com faturamento anual acima de R$ 500 mil.
Até agora, cerca de dez empresas foram avaliadas e, destas, quatro seguem em uma segunda etapa de análise. Do investimento destinado às aquisições, parte virá de um aporte financeiro recebido em 2009 da Invest Tech, fundo focado em TI e inovação, outra parte de caixa próprio.
“Do aporte que recebemos, usamos boa parte em uma reestruturação que ou principalmente pela área de produtos e serviços no ano ado. Realinhamos ofertas, revimos processos e garantimos crescimento: em 2009 foram 56% e este ano, quando projetamos expansão de 120%, alcançamos 180% só no primeiro semestre”, afirma Roberto Dariva, diretor executivo da empresa cuja meta é faturar R$ 10 milhões em 2010.
Com esta expansão sustentada, segundo o executivo, a verba do fundo já retornou ao caixa, o que permitirá bancar muito da estratégia de aquisições.
Conforme o diretor, a mira da Navita está em empresas com grande potencial de crescimento, mas que atualmente não conseguem sair da estagnação. A ideia é que as companhias tirem proveito da expertise e rede de relacionamentos da compradora para crescer pelo menos duas vezes mais rápido após a integração.
No foco, estão empresas nacionais, inicialmente, mas o exterior não foi descartado. Atualmente, já há conversações com duas companhias estrangeiras, uma da América do Norte, outra da América Latina, porém este é um plano futuro.
Venham de onde vierem, as aquisições deste ano não serão a primeira incursão da Navita nesta estratégia: no ano ado, a companhia comprou a Seem, focada no desenvolvimento de soluções corporativas na plataforma LMS (Learning Management System) e soluções web e mobile, com o que ampliou em 25% sua equipe de colaboradores, hoje formada por aproximadamente 80 pessoas.
O crescimento já alcançado este ano se deve, conforme Dariva, à sustentabilidade garantida pelos contratos mensais de serviços e SaaS. Um dos carros-chefe dos negócios tem sido o outsourcing móbile – mais de 30 empresas de grande porte terceirizam a gestão de suas ferramentas de mobilidade com a Navita.
Outras áreas que têm impulsionado a expansão são a frente de aplicativos para BlackBerry e a unidade de portais.
“Tudo isso nos garante crescer com sustentabilidade da lucratividade. Para ter uma idéia, em 1º de janeiro deste ano já tínhamos um crescimento em torno de 10% sobre 2010, em função dos contratos mensais”, comemora Dariva.
Mesmo com o crescimento sustentado na carteira, a Navita projeta ampliar dos atuais 250 para ao menos 300 seu número de clientes este ano. A companhia atende, hoje, a empresas como Gerdau, SLC Agrícola, entre outras do país, além de ter contratos em Angola e na América Latina.