
Com uma adesão de 60% das escolas nos programas de capacitação educacional da Microsoft, o Rio Grande do Sul se destaca entre os cinco primeiros estados em termos de participação neste tipo de iniciativa da companhia.
É o que revela Emílio Munaro, diretor de Educação da Microsoft Brasil, que participou do Seminário de TI na Educação, realizado nesta quarta-feira, 16, em Porto Alegre.
“O que explica a efetiva participação gaúcha são ações do governo como os programas Jovem Digital e Professor Digital. É um grande incentivo dar capacitação ao professor para que ele entre de vez na TI, visto que é inconcebível imaginar a educação hoje sem a tecnologia para mediatizar isso”, analisa Munaro.
O programa jovem digital tem por objetivo proporcionar a inclusão digital através da realização de cursos de informática em laboratórios de escolas estaduais e municipais, contemplando inicialmente 14 municípios e capacitando até o final de 2010 cerca de dez mil jovens.
A proposta é que os alunos participem de cursos presenciais e à distância e, posteriormente sejam aproveitados em estágios nas empresas conveniadas ao Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e à Fundação de Desenvolvimento em Recursos Humanos (FDRH).
Já o Professor Digital consiste em uma linha de financiamento do Banrisul disponibilizada a professores e funcionários de escolas estaduais para que adquiram notebooks e softwares em português.
A parceria gaúcha com a Microsoft remonta a abril de 2009, quando a Procergs e a Secretaria Estadual de Educação estiveram em Washington, nos Estados Unidos, participando do Fórum de Líderes de Governo das Américas, realizado pela própria Microsoft e que reúne representantes de governos, ONGs e empresas.
Na ocasião, foi oficializado o acordo que previa, entre alguns projetos, a implementação do Windows Educação, apresentado como a solução frente aos valores de mercado das suas licenças.
Com a adesão ao programa, as licenças dos softwares da Microsoft foram adquiridas para uso perpétuo ao preço de US$ 13 cada. O investimento total na compra das licenças está calculado em R$ 600 mil, sendo que foram pagos, efetivamente, R$ 462 mil, tendo em vista o desconto de 23% oferecido pela representante brasileira da companhia que venceu a licitação aberta pelo governo gaúcho.
Com a estimativa de que cerca de 1,2 milhão de alunos de escolhas públicas assem a utilizar uma única plataforma de software, a Microsoft foi acusada pela comunidade de software livre no país de promover o monopólio da licença sob a roupagem de projeto educacional.
Para Morano, a acusação é incoerente. Segundo ele, grande parte dos softwares da Microsoft hoje são 100% interoperáveis e disponíveis para a comunidade.
“Quem usa Apple hoje, em algum momento conheceu o Windows. Cabe ao usuário escolher e à comunidade de software disponibilizar as opções ao mercado. Seríamos contraditórios em defender o contrário, pois afirmamos que a educação deve ser colaborativa e participativa”, conclui.
MS: R$ 11,6 milhões em cidadania
De acordo com Morano, só nos últimos cinco anos a companhia já investiu no Brasil cerca de R$ 11,6 milhões em projetos de cidadania, sendo que 75% destes recursos são destinados a programas de educação.
Os programas educacionais da Microsoft fazem todos parte da iniciativa Parceiros na Aprendizagem, cujos projetos possibilitam desde licenças mais íveis para uso dos softwares da companhia em instituições de ensino, até o desenvolvimento de projetos inovadores que necessitam de apoio pedagógico e tecnológico especializado para sua implementação, com o intuito de alcançar o maior número de professores e alunos.
“É uma iniciativa mundial, sendo que só no Brasil contamos com 21 mil escolas públicas participantes, contabilizando cerca de 334 mil estudantes e 445 mil educadores já capacitados”, revela Murano.