
Em 2014, Motorola se tornou a segunda fabricante mais vendida do Brasil. Foto: Ken Wolter/Sutterstock.
No último ano, a Motorola dobrou o número de colaboradores que atuam na área de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa no Brasil, contratando mais de 200 pessoas. A companhia também duplicou as parcerias com instituições e universidades e o número de projetos.
Responsável pela integração e gerenciamento de software de produtos, bem como pelo desenvolvimento e união de todas as funcionalidades, o P&D da Motorola no Brasil também ou a ter um escopo global, contemplando projetos para os mercados da América do Norte, Europa e Ásia.
Os novos colaboradores são engenheiros de hardware, software, sistemas e designers, que estão baseados no escritório de Jaguariúna, de São Paulo e nos institutos parceiros.
A equipe trabalha hoje em mais de 30 projetos, incluindo novas áreas de atuação, como software embarcado, processamento de imagem, big data, computação em nuvem, tecnologia e serviços 4G, design, pesquisa e experiência do usuário.
Um dos novos investimentos da Motorola é a instalação de um laboratório de pesquisa, simulações e testes no Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco.
“O projeto consumiu investimentos da ordem de R$ 40 milhões. A partir de agora, o Brasil vai protagonizar o desenvolvimento e validação dos telefones especialmente para as redes 4G. Algo que, antes, era feito exclusivamente nos Estados Unidos", afirma José Soares, diretor de Desenvolvimento de Produtos.
Outra novidade é a criação de um laboratório para pesquisa, desenvolvimento e otimização de soluções de processamento de imagens de produtos. Este investimento é consequência da importância que a fotografia e vídeo ganharam nas redes sociais, alavancados pela comunicação móvel.
Entre os novos projetos globais já realizados pela equipe brasileira estão as soluções de simulação de chamadas em redes 4G, e para seleção automática do chip para ligações em aparelhos Dual-SIM do novo Moto E no Brasil e na Índia.
O investimento da Motorola acontece depois de um crescimento nas vendas de smartphones da marca no Brasil. No ano ado, o Moto G, que custa cerca de R$ 700, foi o smartphone mais comercializado no país.
Por causa do sucesso do aparelho, a Motorola ultraou a LG e se tornou a segunda fabricante mais popular do país em 2014, com 18% de participação no mercado de smartphones. A liderança do ranking ficou com a Samsung, com 43% do marketshare.
O cenário positivo também aconteceu em outros países. Globalmente, a Motorola vendeu mais de 10 milhões de smartphones no último trimestre de 2014, o que representou um aumento de 118% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para esse ano, a empresa aposta em seu último lançamento - o Moto Maxx, vendido por cerca de R$ 1.800 - para emplacar também um dispositivo top de linha.
A Motorola também acredita no sucesso nas novas gerações do Moto G e do Moto X (incluindo a segunda versão do modelo 4G). A empresa ainda conta com um modelo de entrada, o Moto E, que já vendeu mais de 2 milhões de unidades no Brasil.