
A Mobike vai iniciar em junho a operação de seu sistema de bicicletas em São Paulo. Foto: Divulgação.
A chinesa Mobike vai iniciar em junho a operação de seu sistema de bicicletas compartilhadas em São Paulo.
De acordo com o Valor Econômico, o plano da empresa é iniciar o serviço com cerca de duas mil bicicletas na cidade, mas crescer de forma rápida.
"Queremos chegar a 100 mil bicicletas. Com esse número, acreditamos que teremos uma movimentação da ordem de dois milhões de trajetos por dia. Quando chegarmos a isso, poderemos produzir as bicicletas no Brasil. Já estamos estudando isso", diz Chris Martin, vice-presidente de expansão internacional da Mobike, em entrevista ao Valor.
Inicialmente, os equipamentos serão trazidos da China.
Fundada em janeiro de 2015, a Mobike chegou à marca de dois milhões de bicicletas em Xangai antes do fim de 2016. Em junho de 2017, a empresa recebeu um aporte de US$ 600 milhões liderado pela Tencent. Com o recurso, a Mobike expandiu o negócio para 130 cidades na Ásia, Oceania, Europa e Américas.
Hoje, a Mobike opera 9 milhões de bicicletas em mais de 200 cidades, em 18 países.
O processo de liberação das bicicletas da empresa é feito via aplicativo, a partir de um código QR. O GPS instalado no equipamento indica a localização para uma nova retirada - sem a necessidade de devolução em estações.
Em São Paulo, a empresa deve disputar o mercado com a Yellow, startup de aluguel de bicicletas sem estação que vai iniciar sua operação em São Paulo a partir de uma captação de US$ 9 milhões.
A empresa é o novo empreendimento de Ariel Lambrecht, fundador da 99, depois da venda da startup transporte para a chinesa Didi Chuxing. A startup é liderada também por Renato Freitas, co-fundador da 99, e Eduardo Musa, que atuou na fabricante de bicicletas Caloi, onde foi CEO, por treze anos.
O plano da Yellow é iniciar a operação em julho, mais tarde que a Mobike, mas a promessa é chegar com mais bicicletas. A Yellow pretende iniciar o serviço com 20 mil bicicletas em São Paulo.