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Para o ministro Edison Lobão a atitude merece repúdio. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
Na noite desse domingo, 06, o programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou outras informações sobre a espionagem ao governo brasileiro. Agora, o Canadá estava interessado nas estratégias do Ministério de Minas e Energia.
A agência Canadense de Segurança em Comunicação (CSEC) tinha como alvo a rede de comunicações do Ministério. Uma apresentação foi exposta pela CSEC em junho do ano ado para analistas de agências de espionagem do “Five Eyes” dos países Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Essa exibição foi entregue por Edward Snowden, ex-prestador de serviços de análise da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, ao jornalista Glenn Greenwald.
De acordo com a reportagem, uma das redes monitoradas é utilizada pelo ministério para contatos com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrobras, Eletrobrás, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e com a presidente Dilma Rousseff, mas não há indicação de que o conteúdo foi ado. O que há são informações sobre quem falou com quem, quando, onde e como.
A NSA declarou em nota que as atividades exercidas estão alinhadas com as realizadas por outros países que o país está revisando as ações de inteligência.
O ministro Edison Lobão, por meio de sua assessoria de imprensa informou que irá reforçar os sistemas.
A sala onde estão os servidores dos computadores e das redes de comunicação do Ministério de Minas e Energia é conhecida como “cofre” e conta com tem o sistema de segurança mais protegido da Esplanada dos Ministérios.
"A invasão dos sistemas de comunicação e de armazenamento de dados do Ministério de Minas e Energia é grave, na medida em que sugere a tentativa de obtenção de informações estratégicas relacionadas com as áreas de atribuição da pasta, e merece o nosso repúdio”, declarou o ministro.
Para ele, essa é "uma prática que fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre os países".
Em setembro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, informou que a companhia investirá R$ 4 bilhões em 2013 e R$ 21,2 bilhões no período de 2013 a 2017 em Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Esta aplicação é resultado das denúncias de espionagem de dados por conta da NSA.