Tamanho da fonte: -A+A f3m3k
Foto: flickr.com/photos/rutty
O medo de spams no Facebook ou no Twitter é a principal motivo para consumidores não seguirem marcas em redes sociais.
A constatação é de pesquisa realizada com 716 pessoas pela Hi-Mídia, empresa que integra a holding digital do Grupo RBS, e pela M.Sense, especializada em estudos sobre o mercado digital.
Prevenir-se contra uma enxurrada de mensagens indesejadas leva 52% dos entrevistados a evitar curtir empresas no Facebook, aponta o levantamento. No Twitter, 36% dos participantes da pesquisa se refreiam de seguir perfis corporativos pelo mesmo motivo.
Ainda no Facebook, a porcentagem de entrevistados que não enxergam benefício em ter marcas entre os amigos é de 25%, enquanto outros 25% temem pela privacidade.
Já no Twitter, 38% dos usuários entrevistados optam por conseguir informações sobre as empresas de outras formas (site oficial, por exemplo), e 28% dizem não encontrar marcas que valham a pena seguir.
O QUE POSTAR?
O mesmo relatório mostra que 76% dos pesquisados preferem curtir, seguir e se relacionar com marcas com as quais consigam interagir.
De acordo com Bruno Maletta, sócio da M.Sense, o fator decisivo para que as empresas tenham sucesso nas redes sociais é engajar o consumidor com a marca, por meio de conteúdo relevante e promoções.
“Só publicidade e SAC não tornam a marca útil”, resume Maletta.
Na pesquisa, 65% dos internautas disse que a utilidade de acompanhar uma marca nas redes sociais está na relevância do conteúdo postado, com uma pitada de promoções – 61% disseram que não faz mal receber ofertas na timeline.
O interesse por informações, como novidades, eventos e acontecimentos, entre outros, é o mais requisitado por 96% dos usuários do Facebook e 89% dos usuários do Twitter.
Em segundo lugar, 63% dos entrevistados optam por conteúdo educativo no Facebook e 68% por conteúdo publicitário no Twitter.
UNFOLLOW
Além disso, 87% diz que pior do que ter um problema com o produto é não ter retorno da marca em sites de relacionamento.
Más experiências foram apontadas por 56% dos entrevistados como a razão principal para deixar de curtir uma marca no Facebook. No caso do Twitter, 60% disseram que não a seguiriam mais a empresa se ficassem decepcionados.
POUCO ECO NO BRASIL
Apesar dos investimentos e ações, os brasileiros ainda curtem poucas marcas nas redes sociais.
Entre os usuários do Facebook, 40% curtem alguma marca, produto ou empresa. Na média, são sete empresas acompanhadas por internauta, o que pode ser considerado pouco, considerando que o ato de curtir significa apenas uma afinidade com a marca, e não fidelidade.
No Twitter, o percentual de usuários que seguem uma marca, produto ou empresa sobe para 50%, sendo que a maior parte tem como objetivo receber descontos e promoções.