
Mauro Mendes está de olho nos números. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT
O governo do Mato Grosso está considerando a possibilidade de fechar as portas da estatal estadual de tecnologia, a Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), equivalente local de empresas como a paulista Prodesp ou a gaúcha Procergs.
Em janeiro, a Assembleia Legislativa deu carta branca para o novo governador, Mauro Mendes (DEM), para conduzir um processo de enxugamento da máquina istrativa, fechando ou integrando estatais dentro da estrutura do governo.
Em declarações recentes ao jornal local O Documento, Mendes foi taxativo:
“As empresas públicas e autarquias que não apresentarem viabilidade serão extintas”, garantiu o governador. “Se tiver viabilidade fica, se não tiver viabilidade certamente será extinta”.
Até agora, já foram fechadas a Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso (Ceasa) e a Agência de Desenvolvimento Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá (Agem).
Na lista então meia dúzia de outras empresas, como a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (Desenvolve MT, antiga MT Fomento) e a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
A “licença para extinguir” dada ao governador causou uma corrida dos gestores das empresas por cortar custos e produzir relatórios que comprovem porque elas devem seguir existindo, o que provavelmente era a intenção.
No caso da MTI, o plano de viabilidade técnico e financeiro deve sair até o dia 8 de maio por uma comissão de trabalho formada por oito funcionários da estatal. Recentemente, eles tiveram o prazo para tanto para tanto prorrogado em 45 dias.
De todas as formas, a MTI já fez uma reestruturação do quadro de pessoal, com a redução de diretorias e a extinção de 30% de cargos em comissão em vários níveis. Além disso, está em vigência o Plano de Demissão Voluntária, que já conta com a adesão de 172 servidores.
Em janeiro, uma matéria do site Mato Grosso Mais mostrou que 75 dos 500 funcionários da empresa ganham mais de R$ 20 mil mensais.
O levantamento aponta que a folha da estatal atingiu a marca de R$ 2,03 milhões (somando remunerações, incrementos salariais e outros benefícios).
Fundada há 45 anos, o MTI tem um histórico parecido com das outras estatais do tipo espalhadas pelo país.
A empresa atende cerca de 174 clientes nas esferas estadual, municipal e federal, istrando uma penca de sistemas, incluindo a nota eletrônica e outros.
A MTI mantém mil servidores virtuais e físicos, 260 aplicações e 60 km de fibras óticas.