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Marcopolo é a maior empresa brasileira de ônibus. Foto: Marcopolo.
A Marcopolo, fabricante de ônibus sediada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, fez cerca de 90 demissões na Neobus, empresa do mesmo ramo do qual assumiu o controle no ano ado.
Segundo a reportagem do Baguete pode averiguar com fontes de mercado, os cortes atingiram diversas áreas meio da empresa, incluindo quase todos funcionários da parte de TI.
Procurada pelo site, a Marcopolo confirmou por meio de nota que foram realizados “ajustes” no quadro de pessoal da Neobus, mas não falou em números.
A “revisão da estrutura e redução dos custos fixos” teria sido tomada em decorrência da “queda no volume de vendas dos últimos anos que segue impactando os resultados da organização”.
A equipe de TI não era grande, sendo formada por cinco profissionais sob o comando de um coordenador, André Machado, que estava na empresa desde 2011, quando foi contratado vindo da Sumig, companhia caxiense do setor metalúrgico.
A Marcopolo já contava com 45% de participação na Neobus e em agosto do ano ado decidiu assumir a totalidade das quotas da empresa, também sediada em Caxias do Sul.
Depois do anúncio da aquisição, a Marcopolo começou a fazer o roll out do seu sistema de gestão SAP na Neobus, substituindo o Focco, um ERP feito por uma empresa caxiense.
Segundo o Baguete averiguou, o go live foi feito em julho. Dentro da lógica de busca de economia com sinergias que orienta uma fusão, o fechamento da área de TI pode ser considerado favas contadas.
As empresas são complementares, com a Marcopolo tendo atuação nos segmentos rodoviário e urbano e a Neobus no segmento de micro-ônibus.
O mercado sofreu muito com a crise econômica dos últimos anos. O faturamento da Marcopolo caiu 6% no ano ado, ficando em R$ 2,57 bilhões.
As vendas no Brasil caíram 37,6% para R$ 788,3 milhões, mas a Marcopolo conseguiu compensar aumentando as vendas fora do país em 27,3%, para R$ 950 milhões.
Com a incorporação da Neobus, a Marcopolo aposta em mais participação de mercado como uma saída. Antes do negócio, a empresa já tinha 40% do mercado no país, número que agora fica perto de 50%.