Mantega pede redução de gastos públicos 651j4y

Nessa segunda-feira, 6, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo federal reduzirá os gastos públicos em 2011, segundo o site da Exame. 6b3y22

Mantega, que participou do seminário Diálogos Capitais 2011-2014, no Rio de Janeiro, disse que a ideia é diminuir a demanda do Estado, abrir espaço para a demanda privada e permitir a redução da taxa de juros no próximo ano.

06 de dezembro de 2010 - 17:18

Nessa segunda-feira, 6, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo federal reduzirá os gastos públicos em 2011, segundo o site da Exame.

Mantega, que participou do seminário Diálogos Capitais 2011-2014, no Rio de Janeiro, disse que a ideia é diminuir a demanda do Estado, abrir espaço para a demanda privada e permitir a redução da taxa de juros no próximo ano.

 “Agora que a economia brasileira está recuperada [depois da crise], a partir de 2011, vamos reduzir, por exemplo, gastos de custeio. O Estado vai fazer um ajuste, diminuir subsídios e impedir a constituição de novos gastos. Esse é o desafio que nós temos, mas não é um desafio fácil”, destacou o ministro.

O volume do ajuste ainda será definido pelo Ministério do Planejamento e pela Secretaria do Tesouro Nacional, mas Mantega já adiantou que o corte de gastos atingirá todos os ministérios e poderá afetar, inclusive, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que alguns novos projetos poderão ocorrer em ritmo mais lento.

O ministério também deve pedir ajuda ao Congresso Nacional, para que não sejam aprovados novos projetos de lei que envolvam aumento de gastos públicos, como o reajuste salarial do Poder Judiciário e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, que prevê o aumento do salário de policiais e bombeiros de todo o país. Mantega também pede que o salário mínimo não seja superior a R$ 540.

Apesar dos cortes, o ministro afirmou que o ajuste não comprometerá o crescimento econômico. Ao fazer o ajuste, o governo poderá substituir uma política fiscal por uma política monetária.

“Com a redução dos gastos públicos, principalmente de custeio, vamos gerar poupança pública e abrir espaço para a redução da taxa de juros. E, ao reduzir os juros, vamos estimular o setor privado. Esse corte de gastos abre espaço considerável para a redução dos juros, até porque o Brasil ainda está muito defasado em relação ao cenário internacional e isso causa problemas, inclusive, com o câmbio”, disse Mantega.

O ministro afirmou que, dentro de duas semanas, o governo deve anunciar medidas para estimular o aumento do crédito privado de longo prazo, para diminuir o volume de crédito oferecido pelo BNDES.

Mantega disse ainda que o governo federal também terá desafios, a partir do ano que vem, na redução de tributos sem desequilibrar as contas públicas, na manutenção do equilíbrio das contas externas e para evitar a valorização do real frente a outras moedas. 

“Não é uma briga fácil. Por isso, chamo de guerra cambial”, concluiu o ministro.

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