
A empresa já evitou a emissão de 3 mil toneladas de Co2. Foto: Divulgação
A Lemon Energia, startup que conecta as empresas geradoras de energia limpa com os pequenos e médios negócios, acaba de captar R$ 60 milhões em rodada série A, liderada pelo fundo de venture capital Kaszek.
Também participaram do aporte o fundo Lowercarbon Capital, focado em startups de impacto ambiental, e os investidores Kevin Efrusy (investidor do Quinto Andar, Gym, Nuvemshop e sócio da Accel), e Sergio Furio (CEO e fundador da fintech Creditas).
A proposta da startup é utilizar tecnologia e dados para entregar energia sustentável para clientes, sem qualquer investimento e sem a necessidade de instalação de nenhuma estrutura física, como placas fotovoltaicas.
Para isso, a Lemon conecta usinas de energia solar ou eólica à rede de grandes distribuidores. Essa energia é transformada em créditos, que são descontados na conta das empresas que são clientes da startup.
Na prática, é como se as empresas clientes estivessem alugando placas solares para produzir energia solar – e a Lemon funciona como um intermediário entre os dois elos da cadeia de energia.
“A Lemon nasce com a missão de tornar a energia 100% verde no Brasil, deixando um legado de harmonia entre a natureza e a tecnologia para as próximas gerações. Queremos mostrar que reduzir a nossa dependência das velhas formas de produzir energia é possível, simples e economicamente viável para todos”, afirma o CEO, Rafael Vignoli.
A startup cobra uma taxa de quem gera a energia, enquanto o pequeno comerciante não paga nada e economiza até 20% na conta ao ano. O valor cobrado das empresas geradoras é um percentual variável, que depende de negociações.
Atualmente, a Lemon tem capacidade de 300 megawatts de energia limpa, o suficiente para atender 40 mil estabelecimentos comerciais. Desde o início da operação, a empresa evitou a emissão de 3 mil toneladas de Co2.
Em setembro de 2019, a startup captou US$ 1 milhão em uma rodada seed que contou com a participação dos fundos Canary e da Big Bets, além de alguns investidores-anjo.
Já em 2020, a Lemon recebeu um aporte de valor não revelado da Z-Tech, braço de corporate venture da Ambev, e da Capitale Energia, que atua no mercado livre de energia.
A Lemon firmou uma parceria com a The Energy Collective, assinada pela Budweiser. Em conjunto com a Ambev e a cervejaria, a startup atende bares, restaurantes e supermercados de sua base de clientes.