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Guilherme Hernandez, CEO da Kyte. Foto: divulgação.
A Kyte, startup catarinense de sistema de gestão para o pequeno comércio, recebeu um aporte de R$ 5,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos, que teve a participação da DGF Investimentos e dos fundos Caravela Capital e Honey Island Capital.
Fundada em 2017 em Florianópolis, a startup começou com um ponto de vendas mobile e, aos poucos, foi inserindo novas funcionalidades à sua solução.
Hoje, a plataforma conta com cadastro de produtos e de clientes, controle de estoque, gestão de pedidos, emissão de recibos, integração com redes sociais e um catálogo on-line que funciona como uma loja virtual, entre outros recursos.
O aplicativo tem uma versão gratuita e outra paga com mais funcionalidades — que, hoje, tem 22 mil s — e segue o Fair Price Program, em que são criados preços de acordo com o poder de compra médio da região. No Brasil, o plano PRO custa R$ 19,90 por mês.
Com uma equipe de 25 colaboradores, a Kyte hoje tem um total de mais de 25 mil usuários espalhados por 143 países, principalmente Estados Unidos, México e Filipinas, além do Brasil, que concentra cerca de 45% dos usuários do app.
Para a empresa, o crescimento rápido se deve à estratégia de Product Led Growth (PLG), onde se coloca o produto à disposição dos clientes o mais rápido possível para que eles percebam seu valor e, depois, assinem um dos planos.
O método permitiu lançar o app em todo o mundo sem exigir equipe específica e presença física em outros países.
“Percebemos que as dores básicas sub-atendidas do pequeno comerciante eram as mesmas no mundo inteiro. Então lançamos a primeira versão do aplicativo em português, inglês e espanhol, imaginando o grande leque de países em que gostaríamos de atuar”, explica Guilherme Hernandez, CEO da Kyte.
Em 2020, a startup registrou um crescimento de 217% da base de clientes e 331% de faturamento.
Com o capital investido, a Kyte pretende continuar expandindo suas operações e sua base global de clientes focando em três pilares: ampliação da equipe, investimento em marketing e desenvolvimento de novos recursos para o aplicativo.
A empresa já está contratando e a expectativa é dobrar o número de colaboradores no primeiro semestre de 2021.
Em relação ao aplicativo, haverá uma expansão para as plataformas web e tablet, assim como um foco maior na integração para vendas por meio de redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Além disso, a empresa pretende apostar no processamento de pagamentos para agregar mais valor ao app e facilitar o gerenciamento dos pequenos comércios com o Kyte Pay. A startup estima que US$ 100 milhões são movimentados a cada mês através do aplicativo.
Atualmente, o app aceita pagamento on-line com cartão, carteira digital, link de pagamento e integração com maquininhas de cartão da SumUP e do Mercado Pago.
“Ficamos felizes em poder escolher os parceiros ideais para esta rodada, que, além do capital, poderão nos ajudar com conhecimento, experiência e networking, aspectos tão importantes quanto o dinheiro para os desafios de uma scale up", comenta Guilherme Hernandez, CEO da Kyte.
Segundo a DGF Investimentos, foi possível observar que a startup tem um time muito forte e, nos resultados já conquistados, está conseguindo capturar a oportunidade global efetivamente.
“É essa combinação de produto, mercado global e empreendedores fora da curva que buscamos no DGF Investimentos. Nossas experiências adas com investimentos semelhantes só reforçam nossa convicção de que existe muito espaço para que a Kyte cresça de forma exponencial”, explica Frederico Greve, sócio diretor do DGF Investimentos.
Recentemente, a Kyte também foi uma das selecionadas para a nova turma do programa de aceleração Scale-up, promovido pela Endeavor, além de ser uma das participantes do programa Facebook Accelerator: Commerce.