Já é hora de apostar no HTML5? 59454t

Os últimos desdobramentos da briga entre Adobe e Apple levantam questões não apenas sobre o fim do Flash e sua substituição pelo HTML5, mas também sua implicação em sites corporativos - ainda acostumados a utilizar as animações da Adobe. Com um panorama incerto, as empresas devem começar a avaliar a validade de migração para padrões abertos como o HTML5 no curto prazo, afirma Agni, diretor de arte e consultor especializado em web standards. 3x3bn

07 de maio de 2010 - 16:15
Já é hora de apostar no HTML5?

Os últimos desdobramentos da briga entre Adobe e Apple levantam questões não apenas sobre o fim do Flash e sua substituição pelo HTML5, mas também sua implicação em sites corporativos - ainda acostumados a utilizar as animações da Adobe.

Com um panorama incerto, as empresas devem começar a avaliar a validade de migração para padrões abertos como o HTML5 no curto prazo, afirma Agni, diretor de arte e consultor especializado em web standards.

“Independente do porte da empresa, todos devem começar a conhecer a nova versão, estudar seus novos recursos e fazer testes. O mercado deve ir se preparando, e preparando os usuários”, afirma o profissional que ministra palestras sobre o tema. No Brasil, sites como o da Apple e das agências DS3 e Verso e Inverso já exploram a novidade.

O que é
Dez anos após sua última atualização, a HyperText Markup Language - linguagem que é a base da estrutura da Web – chega a sua quinta versão. Esta, no entanto, está sujeita a modificações, uma vez que a recomendação definitiva está prevista apenas para 2012.

“Após tantos anos sem atualizações, e com as novas possibilidades de desenvolvimento que a linguagem apresenta, o HTML5 é um dos principais assuntos entre empresas de tecnologia e desenvolvedores nesse momento”, afirma Agni.

O que muda?
Mas o que muda efetivamente com a adoção do novo padrão? Segundo o consultor, além das novas API's, e multimídia, aprimoramento do uso off-line e melhor depuração de erros, a maior evolução será Semântica, ou seja, o significado das tags (marcações).

Nas versões anteriores do HTML, explica Agni, não havia um padrão para determinar que tipo de informação estava sendo colocada em cada parte da página. Os navegadores e buscadores não podiam distinguir que uma determinada área era um cabeçalho, um rodapé, um menu ou um artigo, por exemplo.

“Dessa forma os desenvolvedores acabavam criando cada qual o seu próprio padrão de nomenclatura através de identificadores e classes”, explica.

Com o HTML5 não haverá uma visualização diferente da marcação <div>, porém elas trarão um valor semântico.

“Assim, para identificar um cabeçalho, podemos usar <header> ao inves de <div id="header">, detalha Agni. Essa padronização será usada por todos os desenvolvedores, e entendida por todos os navegadores, buscadores e sistemas, o que facilitará a indexação dos dados e a troca de informações pelas diferentes aplicações na Web”, completa.

Simplificando
Outro ponto alto da novidade que, segundo Agni, “vem causando maior euforia” é o e nativo a recursos multimídia sem a necessidade de instalação de plugins de áudio ou vídeo no navegador, assim como a possibilidade de se criar aplicações RIA (Rich Internet Applications) trabalhado a nova API para desenvolvimento de gráficos bidimensionais em conjunto com Javascript e CSS.

Justamente por isso, os novos recursos são vistos por alguns como uma sentença de morte para o Flash.

Complicando
Mas se a questão de e nativo parece muito boa, ainda falta um consenso sobre o codec que será utilizado. “Enquanto a W3C recomenda o uso do codec Theora por ser um padrão aberto, outras empresas vem utilizando o codec proprietário H.264 em seus navegadores”, explica Agni.

Ainda segundo o consultor, até o momento, Firefox e Opera am apenas o Theora, enquanto o Safari e Internet Explorer, apenas o H.264. E, apesar do Google Chrome ar ambos, a Google usa o H.264 em seu protótipo do YouTube em HTML5.

Tal discussão, que parece longe do fim, contribui para a demora na adoção massiva do HTML5. Enquanto isso, o Flash não deve desaparecer tão facilmente, segundo avaliação de Agni.

“Ainda é muito mais prático e rápido criar uma animação em Flash do que utilizando HTML/CSS/Javascript, e uma boa parte dos desenvolvedores tende ao mais cômodo”, completa.

Mesmo que não existam cursos sobre o assunto no Brasil, o assunto já pode ser estudado pela internet em sites como W3C e W3Schoolds, disponíveis nos links relacionados ao final desta notícia.  Além disso, uma das apresentações do palestrande, realizada na Campus Party deste ano, está disponível abaixo.