.jpg?w=730)
A decisão vem durante a crise de semicondutores vivida pelo mundo todo. Foto: Pexels
A Intel planeja investir US$ 20 bilhões em um centro de fabricação de chips em Ohio, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada em entrevista à revista Times, pelo CEO Patrick Gelsinger.
Segundo a revista, a Intel irá construir duas fábricas em um espaço de quatro mil metros quadrados, que entrarão em funcionamento até 2025.
De acordo com Gelsinger, a empresa busca reconstruir uma cadeia de suprimentos completa para semicondutores no país.
O local será utilizado para pesquisas, desenvolvimento e produção dos chips para carros, consoles de jogos, computadores e iPhones.
A empresa espera que o empreendimento se torne o maior local de fabricação de silício do mundo.
A decisão tem implicações históricas, movendo para o meio oeste americano o coração da indústria de semicondutores, nascida nos anos 50 na Califórnia, na região que hoje é conhecida como Vale do Silício.
A decisão de Gelsinger vem durante a crise de semicondutores vivida pelo mundo todo. A escassez tomou força durante a pandemia da covid-19 devido ao aumento da demanda de produtos eletrônicos.
Segundo especialistas, a crise que impactou o setor automotivo e a produção de celulares, computadores e até eletrodomésticos, deve se estender por mais alguns anos.
Os semicondutores não são materiais caros, mas são indispensáveis para a fabricação desses produtos. Sua fabricação está concentrada na mão de poucos fornecedores.
Segundo o banco Goldman Sachs, 169 indústrias americanas usam componentes elétricos em seus produtos, e isso pode significar um déficit médio de 20% de chips de computadores.