
App de motoboys é comprado pela Incube. Foto: divulgação.
A Incube, fundo de investimento com foco em aplicativos e tecnologias móveis, anunciou um investimento de R$ 3 milhões na 99 Motos, serviço de chamada de motoboys para a Grande São Paulo.
Com a aquisição, a empresa lança no mercado uma nova companhia, a MovMov.it, que nasce com o objetivo de oferecer uma plataforma completa de mobilidade urbana e logística para clientes corporativos.
Atualmente, a 99 Motos conta com mais de 1,2 mil motoboys cadastrados. Para solicitar o serviço, o cliente pode fazê-lo pela web ou celular Android, escolhendo o ponto de retirada e de entrega da mercadoria.
O sistema calcula a tarifa e o pagamento é feito do cliente para o próprio motoboy. O aplicativo serve apenas como intermediador e, por enquanto, o serviço é gratuito para os motoboys.
Com a fusão, Jhonata Emerick, CEO da 99 Motos, continua no comando da MovMov.it. Segundo o CEO, a empresa que nasce com o investimento trará uma complementariedade importante ao portfólio.
"Com a criação da MovMov.it, seremos a primeira empresa a efetivamente oferecer uma plataforma que inclui tanto serviço de táxi como de entregas, para empresas e pessoas físicas”, detalha o Emerick.
Com a plataforma unificada, o MOvMov.it nasce com cerca de 5 mil taxistas cadastrados e 1,2 mil motoboys em São Paulo
Segundo o executivo, o foco da MovMov.it será atender inicialmente os clientes da Grande São Paulo e do interior. A expectativa é ampliar a oferta dessa plataforma para as principais capitais brasileiras nos próximos meses.
A 99 Motos se une a outros investimentos da Inclube, que no final do ano ado também entrou no mercado de apps para táxi com o Vá de Táxi.
Entre tanto, assim como o mercado de apps para táxis está povoado, com aplicativos como Easy Taxi e Taxijá, o segmento de motoboys também está na mira de outras empresas. Apps como Speedyboy, Vai Moto, Rapiddo e Loggi, entre outros, também estão na briga.
Com esse aquecimento, resta saber se a concorrência no acirrado mercado de transporte na capital paulista será tão violento quanto o que ocorre no mercado de apps para taxi. Empresas como EasyTaxi estão suspendendo cobranças, comprometendo sua lucratividade para conquistar clientela e desbancar a concorrência.
Segundo Tallis Gomes, CEO e fundador da Easy Taxi, a empresa parou de cobrar no Brasil e afirma que tem cacife para sangrar dinheiro no mercado brasileiro e se manter vivo depois de uma provável carnificina financeira no setor.
"Vai sobreviver quem tiver o bolso mais fundo. Não vai durar muito tempo, não", dispara Gomes.