IDC: PCs cresceram 10,6% no Brasil em 2008 5z5e1o

O mercado de PCs no Brasil registrou crescimento de 10,6% em 2008, com 11,8 milhões de unidades vendidas, conforme levantamento do IDC. Em 2007, as vendas somaram 10,6 milhões de máquinas, juntando-se PCs e notebooks.
01 de abril de 2009 - 11:20
O mercado de PCs no Brasil registrou crescimento de 10,6% em 2008, com 11,8 milhões de unidades vendidas, conforme levantamento do IDC. Em 2007, as vendas somaram 10,6 milhões de máquinas, juntando-se PCs e notebooks.

Para Luciano Crippa, analista responsável pelo estudo, uma série de fatores contribuiu para que o desempenho não fosse melhor. ”A crise econômica, a queda no crédito, principalmente em outubro e dezembro, e o ligeiro aumento nos preços deixaram o consumidor pessimista que, consequentemente, freou as compras”, explica.

O destaque de 2008 ficou para o mercado de notebooks: foram 3,2 milhões de unidades vendidas, montante 108% superior a 2007, quando foram comercializadas 1,5 milhão de máquinas.

Já a venda dos netbooks somou 100 mil unidades, representando cerca de 3% do mercado de portáteis.

“O volume ainda é baixo, com poucos fabricantes em cena, mas este cenário deve mudar este ano e o mercado deve dobrar de tamanho até 2010”, analisa Crippa.

Além disso, segundo o especialista, uma licitação já em andamento de 150 mil máquinas para o segmento educacional pode alavancar ainda mais as vendas desse micro portátil. Entre as vantagens em relação aos já mais conhecidos, está a questão do preço, ligeiramente menor, e a praticidade.

“Uma vez que a aceitação seja cada vez maior entre os usuários domésticos, poderemos ter grandes surpresas neste mercado nos próximos dois anos”, afirma o analista. E complementa: “A tecnologia ainda é desconhecida pela grande maioria das pessoas”.

Para 2009, o IDC espera que a indústria de PCs não apresente desempenho tão bom, devendo sofrer retração de 11,5%. Porém, espera-se que o Natal deste ano seja melhor que o de 2008.

“O esforço estará concentrado em recuperar a confiança do consumidor, afinal não será fácil convencê-lo a assumir uma dívida em tempos de incerteza econômica”, diz Crippa.