
Fábrica de elevadores, terminal no porto de Rio Grande e oferta de gás natural no mercado gaúcho estão entre os planos da coreana Hyundai para o Rio Grande do Sul.
Executivos se reuniram com o governador Tarso Genro nessa terça-feira, 15.
Não foram informados valores de investimentos.
A comitiva, no entanto, acertou a instalação da fábrica de elevadores no Estado e confirmou que a localização estratégica do Rio Grande do Sul– pela proximidade com Uruguai, Paraguai e Argentina – favoreceu a escolha.
“Não nos interessa apenas o mercado brasileiro, mas sim o mercado latino-americano”, disse o diretor da Hyundai no Brasil, Victor Park.
No caso dos elevadores, a empresa quer aproveitar o aquecimento da construção civil no país.
Estimativas divulgadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção deve crescer 6,1% em 2011.
No embalo do setor, em 2009, a venda de elevadores movimentou R$ 2,5 bilhões e, neste ano, se estima que chegue a R$ 3,3 bilhões. Além de Santa Maria e Pelotas, a empresa estuda a Serra e a Região Metropolitana para sede do empreendimento.
Porto e gás
Outro objetivo da comitiva é obter mais informações sobre outras áreas de interesse, como operações de logística no Porto de Rio Grande e a atuação no transporte de gás natural liquefeito.
Os próximos os da aproximação se darão pelo fornecimento de informações de natureza técnica do Estado, segundo o governador.
Subsídios como o perfil da atuação da indústria oceânica, a relação entre o Estado e a Petrobras, bem como espaços e regiões de interesse para instalação de empreendimentos serão apresentados aos executivos da Hyundai.
A reunião é um desdobramento da missão do governo gaúcho à Coreia do Sul no fim de maio.
Nessa quarta-feira, 17, um grupo de executivos vai a Caxias do Sul se reunir com empresários do setor metalmecânico da Serra e visitar a Voges, fabricante de motores elétricos para elevadores.
Outro, ligado à Hyundai Marinha Mercante, estará em Rio Grande.
Um terceiro permanece na Capital para um encontro com a Sulgás. Na pauta, informa o jornal Zero Hora, entram alternativas de distribuição do gás que seria transportado em estado líquido em navios e regaseificado em terminais flutuantes.