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Huawei agora vai atacar o mercado brasileiro com produtos . Foto:: Divulgação.
A Huawei aposta em uma parceria com a Positivo para trazer seus smartphones de volta ao mercado brasileiro.
O plano da fabricante é oferecer aparelhos no país a partir do terceiro trimestre deste ano, em uma data ainda não definida entre agosto e setembro.
No primeiro ano de atuação, a empresa espera conquistar 1% do mercado local, o que significa comercializar aproximadamente 500 mil aparelhos.
O anúncio do novo projeto para smartphones foi feito em Brasília, durante o evento de comemoração dos 20 anos de atuação da Huawei no Brasil na área de infraestrutura de telecomunicações.
Há cinco anos, a empresa chinesa ingressou no mercado brasileiro de celulares, mas a experiência não foi bem-sucedida e a companhia deixou de operar com vendas no país em 2015.
"Na época os produtos não eram fortes o suficiente para apresentar uma marca nova aos brasileiros. Agora o nome é mais reconhecido e somos a terceira maior empresa no mundo em vendas de smartphones", relata Adam Xiao Ersong, diretor de desenvolvimento de negócios para dispositivos da Huawei.
Em 2012, a companhia realizou a entrada no mercado sem uma parceira brasileira.
Agora, a partir do acordo com a Positivo, espera facilitar sua adaptação ao mercado local, especialmente em relação à tributação.
"A Positivo tem outros acordos de licenciamento, como o da Vaio para notebooks, mas a parceria com a Huawei está em outro patamar e terá status de prioridade, pois são produtos ", afirma Norberto Maraschin, vice-presidente de mobilidade e de negócios internacionais da Positivo.
A marca vai trazer ao Brasil o aparelho P20 para competir com iPhone e Samsung S9.
Além dele, será oferecido um smartphone da Nova Series, que é considerado de faixa média-alta.
Esse posicionamento também é uma mudança em relação à primeira tentativa de ingresso no mercado brasileiro, quando a empresa apostou em aparelhos de entrada.
Inicialmente, os smartphones serão importados pela Positivo, que será responsável pelas vendas e pelo e técnico.
A Huawei apoiará o trabalho na área de marketing. No futuro, será avaliada a possibilidade de fabricação de aparelhos no Brasil.
Além de vendas online, o plano é fechar um acordo com pelo menos um grupo varejista para presença em lojas físicas. A fabricante também estuda a criação de quiosques em shoppings de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
"A Positivo não teme um processo de canibalização com sua linha de smartphones porque a Huawei vai trazer produtos , enquanto os aparelhos da Positivo se encaixam no mercado de entrada", afirma Maraschin.
Com os celulares próprios, a Positivo teve retração de 26% no volume de aparelhos vendidos em 2017. A empresa comercializou 1,7 milhão de unidades no ano ado.
Em 2017, a Huawei registrou uma fatia de 8,8% do mercado global de smartphones, atrás apenas de Samsung (20,9%) e Apple (14%).
*Júlia Merker viajou a Brasília a convite da Huawei.