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Huawei está na mira da PF. Foto: Stefano Tinti / Shutterstock.com
A Huawei é uma das 70 empresas sob investigação da Polícia Federal dentro da operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção no Carf (Conselho de istração de Recursos Fiscais) pelo qual empresas pagariam para reduzir e, em alguns casos, zerar, débitos com a Receita Federal.
A revelação é da Folha de São Paulo, que publicou a lista nesta quarta-feira, 01.
De acordo com a lista, a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações deveria R$ 733,18 milhões, o nono maior valor na lista.
A Huawei, no entanto, não está no grupo de 12 processos tramitados no Carf nos quais a Polícia Federal vê indícios mais fortes de que companhias tenham participado do esquema.
Essa lista inclui Banco Santander, Bradesco, Ford, Gerdau, Boston Negócios, Grupo Safra, RBS, MMC - Mitsubishi, Cimento Penha, Café Irmãos Júlio, JG Rodrigues e Eberle.
Nos outros, a polícia está investigando as corporações, mas as evidências de irregularidades ainda não são tão claras. Esse grupo inclui empresas como Embraer, TIM e Petrobras, entre outros.
Procuradas pela Folha, todas as companhias negaram envolvimento no esquema, incluindo a Huawei.
Os processos sob investigação somam uma perda de arrecadação de R$ 19 bilhões, uma cifra que faz o esquema no Carf vencer os desvios na Petrobras, até agora pelo menos.
No país há mais de 15 anos, a Huawei atende às principais operadoras de telecomunicações do país e possui unidades São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de possuir um centro de treinamento em Campinas e um centro de distribuição em Sorocaba.
Nos últimos meses, a Huawei tem aumentado sua presença no país, fechando acordos de cooperação para pesquisa com universidades locais.
A última foi a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), focada em educação e capacitação de alunos em computação em nuvem.
Em 2014, instalou a criação de um centro de inovação no Tecnopuc, parque tecnológico da PUC-RS, em Porto Alegre.
No local, a estatal gaúcha de procassamento de dados Procergs e a Huawei vão trabalhar em conjunto em projetos de cidades digitais, computação em nuvem e comunicações unificadas.
Outros centros existem em Campinas, onde a pesquisa é voltada para redes 4G em parceria com o qD e em Salvador, em parceria com a Brisa, instituto de pesquisa e desenvolvimento ligado ao governo federal em Salvador, na Bahia, onde o foco é virtualização das funções de rede (NFV), comunicações unificadas (UC) e sistemas multimídia via IP (IMS).
Em agosto de 2013, a companhia anunciou a fabricação brasileira de smartphones em parceria com a Compal Electronics em sua planta na cidade de Jundiaí, interior paulista, com um investimento de R$ 5 milhões até 2014, com previsão de produção de 100 mil unidades do modelo G510 exclusivamente para abastecimento do mercado brasileiro.