SAÚDE

Hospital Sírio-Libanês: nuvem com AWS 1z4t3a

A Amazon Web Services acaba de completar 10 anos no Brasil. 4z1c51

15 de março de 2022 - 11:00
Ailton Brandão, CIO do Hospital Sírio-Libanês. Foto: Wanezza Soares/divulgação.

Ailton Brandão, CIO do Hospital Sírio-Libanês. Foto: Wanezza Soares/divulgação.

O Hospital Sírio-Libanês, um dos principais complexos hospitalares do Brasil, é um dos grandes clientes da Amazon Web Services (AWS), empresa de computação em nuvem que acaba de completar 10 anos de operação no país.

Ailton Brandão, CIO do hospital, ingressou no Sírio-Libanês em 2017, quando enfrentou o desafio da nuvem ainda ser considerada um “pecado”.

“Havia o questionamento: você vai colocar os dados dos pacientes na nuvem? Onde é isso, que garantias que a gente tem, que segurança é essa que a nuvem nos oferece? Ainda tinha muito preconceito, muito desconhecimento”, contou Brandão na semana ada, em um evento da AWS para jornalistas em São Paulo.

Com isso, o então novo CIO precisou desmistificar os receios da companhia com base em fatos e dados.

“Os médicos falavam: eu quero saber, quero visitar, quero fotos. E eu explicava: você não vai ter fotos, não vai visitar justamente pela segurança. Ninguém sabe onde está, não somos nós que vamos encontrar”, relatou. 

Em questão de meses, a instituição começou com um projeto em um pequeno sistema departamental. Neste caso, o que levaria seis meses para entrar no ar precisou de seis dias.

Sem a nuvem, o sistema era avaliado, escolhido, depois era preciso fazer uma ordem de compra dos servidores, importá-los dos Estados Unidos, montá-los no Brasil e fazer a instalação. 

Com os servidores funcionando no data center, ainda era preciso provisionar a rede, a instalação elétrica, instalar o sistema, fazer os testes e a migração.

“Por isso a gente mostrou o encurtamento desses processos, o fato é mais forte que qualquer discurso, qualquer palavra. Estava claro que, no sistema departamental, a coisa se mostrou funcional e produtiva”, explicou o CIO.

Para sair do sistema departamental em direção ao sistema crítico de core business, o trabalho foi mais complexo e exigiu novamente a ajuda do time de professional services da AWS. A equipe montou um centro de excelência de operações cloud dentro do hospital.

“Não adianta ter lá os melhores desenvolvedores, os melhores cientistas de dados usando a nuvem. Precisa ter uma gestão profissional por trás disso. Se não, os custos disparam e a estabilidade e a segurança ficam comprometidas”, ressaltou o executivo.

Entre 2017 e 2018, a AWS treinou engenheiros e profissionais de segurança, bem como os do setor financeiro. Depois disso, vieram demandas como a criação de produtos digitais, novo site, novo aplicativo de pacientes, portais — tudo isso sendo construído dentro da nuvem.

Em 2020, com a chegada da pandemia, foi preciso investir em telemedicina. No programa até então existente, eram feitas dezenas de consultas por semana, mas a necessidade saltou para milhares.

“E como que eu vou escalar isso? Imagina o processo de seis meses para comprar os servidores. Não era viável, não era factível. A AWS nos ajudou a criar uma telemedicina com atendimento nacional”, contou Brandão.

Na oportunidade, o hospital fez, inclusive, um projeto com o Nubank (outro cliente da empresa da Amazon), que ofereceu as consultas do Sírio-Libanês para os seus clientes.

Além disso, foi preciso implantar o trabalho remoto para todo o backoffice da instituição. Até então, o home office estava limitado aos profissionais de TI, com no máximo 100 pessoas em casa simultaneamente. Em 2020, o número cresceu para cerca de 4 mil profissionais.

“Conectamos componentes, VPNs que entravam na própria AWS. A nuvem conectava no nosso data center, nos nossos sistemas com total segurança. Então, novamente, conseguimos resolver em dias uma coisa que levaria meses”, destacou o CIO do Sírio-Libanês.

Atualmente, o complexo hospitalar está com um projeto de data lake, utilizando inteligência artificial combinada à ciência de dados.

“O hospital gera milhões de dados por dia, um petróleo bruto que precisa ser refinado e transformado em conhecimento. Com a inteligência artificial dentro desse data lake, temos cases de sucesso que, por si só, já pagam essa infraestrutura de dados, que não seria possível se não fosse com cloud”, destacou Brandão.

Marcelo Kawanami, diretor de consultoria da GlobalData para as Américas na área de tecnologia, destacou que 30% dos dados atualmente gerados no mundo vêm do setor de saúde. 

“É um dado impressionante se a gente considerar todas as diferentes verticais. Falando de Analytics, o Hospital Sírio-Libanês é um caso de sucesso e, para ar e processar esses dados em tempo real, a nuvem foi essencial. Trouxe maior agilidade para geração de informação”, avaliou Kawanami.

O Hospital Sírio-Libanês foi fundado em 1921 e hoje conta com três unidades em São Paulo e quatro em Brasília, atendendo anualmente mais de 120 mil pacientes​ em 60 especialidades.

Desde 2011, a AWS tem uma região de nuvem no estado de São Paulo, o que inclui uma infraestrutura com vários data centers (dos quais a companhia não revela a localização) e mais de 200 serviços ofertados.

Raramente a empresa compartilha alguma informação que permita ter uma ideia mais exata do tamanho dessa infraestrutura no Brasil. Em 2020, anunciou o investimento de R$ 1 bilhão para expansão nos dois anos seguintes.

Com milhões de clientes, a AWS possui mais de 200 serviços e 84 zonas de disponibilidade em 26 regiões geográficas, com planos anunciados para mais 24 zonas de disponibilidade e mais oito regiões na Austrália, Canadá, Índia, Israel, Nova Zelândia, Espanha, Suíça e Emirados Árabes Unidos.

*Luana Rosales foi ao evento da companhia, em São Paulo, a convite da AWS.

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