FUTURECOM

Hospital das Clínicas testa 5G na saúde 6c6x5a

Com coordenação da Deloitte, rede privativa conta com tecnologia Open RAN e data center do Itaú. 4n52c

18 de outubro de 2022 - 17:27
Marcia Ogawa, sócia-líder da indústria de tecnologia, mídia e telecom da Deloitte. Foto: divulgação.

Marcia Ogawa, sócia-líder da indústria de tecnologia, mídia e telecom da Deloitte. Foto: divulgação.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) anunciou o lançamento de uma rede 5G privativa com tecnologia Open RAN, em projeto piloto coordenado pela Deloitte, para testes de conectividade na área da saúde.

Batizado de OpenCare 5G, o projeto também conta com a participação de Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Na prática, foram instaladas duas antenas 5G em ambientes distintos dentro das dependências do hospital. Em uma das salas, são utilizados equipamentos de ultrassom e de tomografia. Na outra, ocorre a coordenação remota da execução dos exames. 

Com isso, o objetivo do projeto é estudar o uso de aparelhos de ultrassom portáteis por não médicos, utilizando o 5G para conectá-los a centros de referência com especialistas para visualização e orientação.

Na outra ponta, a ideia é olhar para a eficiência e a redução de custos hospitalares, com equipamentos conectados via 5G a uma sala de controle para que as imagens sejam carregadas na nuvem em tempo real.

“Ao utilizar casos reais de atendimento à saúde, estamos entendendo como a conectividade do 5G em Open RAN poderá ser um habilitador de serviços em diversas áreas da medicina, colaborando para melhorar a jornada do paciente e prover mais qualidade e o aos serviços de saúde”, explica Marco Bego, diretor executivo do InovaHC.

Parte da solução está hospedada no ambiente do HC, enquanto o controle da rede fica no data center do Itaú. Essa é a primeira vez que o banco disponibiliza espaço em sua infraestrutura para abrigar uma solução não relacionada ao setor financeiro. 

Já a Siemens Healthineers utiliza o projeto para entender o comportamento de suas soluções na rede 5G e a evolução da conectividade remota dos equipamentos. 

A NEC, por sua vez, atuou na importação de equipamentos, configuração de máquinas, gerenciamento do projeto técnico e coordenação de testes.

O Telecom Infra Project (TIP), como comunidade local de empresas e organizações, vai disponibilizar um documento com o detalhamento da solução utilizada no HC, incluindo testes, boas práticas e lições aprendidas.

Já a ABDI, contribuiu com recursos para a contratação de sete profissionais de perfis multidisciplinares que, no prazo de 24 meses, avaliarão a performance da rede 5G, a jornada dos médicos e pacientes e aplicações a serem desenvolvidas para telerradiologia. 

O projeto ainda fornecerá subsídios para teses de mestrado e de doutorado da Poli-USP. Além disso, a ideia é criar um núcleo conjunto entre a Faculdade de Medicina e a Escola Politécnica para projetos multidisciplinares de conectividade avançada aplicada à saúde.

“A interação entre as empresas envolvidas é fundamental para a troca de conhecimento em uma nova forma de prover serviços de telecomunicações e saúde. Vimos importantes avanços e temos convicção que serão importantes para a atração de investimentos para as próximas etapas do projeto”, destaca Marcia Ogawa, sócia-líder da indústria de tecnologia, mídia e telecom da Deloitte.

A Deloitte cobre desde consultoria tributária até auditoria, ando por tecnologia. Ao todo, são 15 escritórios no Brasil, empregando 6,5 mil profissionais.

Em 12 meses de trabalho, os testes do piloto mostraram taxas de latência em torno de 20 milissegundos e a rede sustentou banda acima de 300 Mbps. Segundo o grupo de empresas, estes resultados só eram possíveis anteriormente em redes cabeadas.

Nos próximos 60 dias, a expectativa é colocar em prática otimizações para reduzir ainda mais essa latência, além de realizar um mapeamento completo do comportamento das aplicações e oportunidades de melhorias.

Após a conclusão do piloto dentro das dependências do HC, será executado um piloto com o atendimento remoto em uma cidade do interior do estado de São Paulo, para uma experiência real de condução de atividades em áreas urbanas. 

Desta experiência, está prevista uma expansão em escala nacional, com centros regionais de apoio aos profissionais de saúde. 

Um outro piloto será executado em área remota, na região amazônica, para entender a adaptação necessária para o teleatendimento em situações com menos infraestrutura.

Com as lições aprendidas, a ideia é expandir para outras localidades de perfil demográfico semelhante.

O lançamento do projeto aconteceu durante a Futurecom, feira de telecomunicações que é um dos maiores eventos de tecnologia do país. Em 2022, a feira acontece entre os dias 18 e 20 de outubro, em São Paulo, e tem o 5G no centro dos principais debates.

*Luana Rosales cobre a Futurecom 2022 a convite da organização da feira.

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