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José Renato Hopf.
José Renato Hopf, fundador da GetNet e atualmente vice presidente executivo da companhia de processamento de cartões, pode ser um reforço de peso para a cena de startups gaúchas no futuro.
Ao participar do Tá na Mesa da Federasul nesta quarta-feira, 26, o executivo disse estar interessado em ser um investidor em empresas nascentes de tecnologia e participar do desenvolvimento do setor tecnológico do Rio Grande do Sul como um todo.
“Meu sonho é criar umas duas ou três GetNets ainda”, disse Hopf, o que sem dúvida é uma meta e tanto.
Há pouco mais de uma década, o executivo começou a GetNet como uma forma de atender o processamento dos cartões da GoodCard, uma companhia do empresário gaúcho Ernesto Corrêa e Silva especializada em convênios.
Hopf, que esteve no Banrisul por 15 anos e saiu como gerente de canais eletrônicos em 2003, tendo criado o cartão Banricompras, vendeu ao empresário gaúcho o conceito que o negócio só poderia dar certo se assume o processamento de outros cartões na mesma situação - nos primeiros anos, o posicionamento rendeu à companhia de "a processadora do excluídos".
Com o apoio de Corrêa, um empreendedor cuja fortuna (é um dos novos bilionários brasileiros, segundo a Forbes) só é superada pela discrição (nunca deu uma entrevista), Hopf transformou o negócio em um player relevante, até a aquisição pelo Santander por R$ 1,1 bilhão anunciada em abril.
Questionado pela reportagem do Baguete, Hopf disse que não tem planos no momento de constituir um fundo de investimentos, nos moldes do que fizeram executivos da Datasul depois de capitalizado pela venda para a Totvs, ou mesmo participar em uma aceleradora, o que tem se tornado comum em empresários bem sucedidos.
Hopf tem se aproximado de empresas iniciantes através da Endeavor, ONG que aproxima grandes nomes do empresariado nacional como Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, sócios da ABInbev, Fábio Barbosa, CEO do Grupo Abril, Pedro os, sócio da Natura, e Vicente Falconi, do INDG, entre outros.
Questionado sobre quais sobre o tipo de empresa que fundada hoje poderia se tornar uma GetNet do amanhã, Hopf destacou modelos de negócio nos quais usuários compartilham informação visando solucionar um problema cotidiano, cujo exemplo clássico atualmente é o Waze.
“As grandes oportunidades não estão em grandes problemas. Esses estão nas mãos de grandes empresas. O negócio é buscar maneiras de agregar comodidade ao cotidiano das famílias”, afirma o executivo.