
Luciano Havan, o Veio da Havan. Foto: Divulgação/Havan
A Havan fechou o ano ado com receita bruta de quase R$ 16 bilhões, uma alta de 22,2% frente a 2023.
O valor é mais do que o dobro do que a varejista vendia em 2018, quando faturou R$ 7 bilhões.
O lucro líquido bateu R$ 2,7 bilhões, um aumento de 82,5% ano contra ano (aqui R$ 640 milhões são oriundos de uma aposta da empresa no dólar).
A dívida líquida da empresa ou de R$ 230 milhões em 2021 para um caixa líquido de R$ 3,8 bilhões em 2024.
As cifras são parte de uma longa matéria do Brazil Journal, um dos principais sites de economia do Brasil, que esteve acompanhando a rotina do fundador do Havan, Luciano Hang, o famoso Velho da Havan.
Para quem desconfia dos números da Havan, o Brazil Journal traz algumas informações interessantes.
O balanço da empresa é auditado desde 2012, o que foi feito no ano ado pela EY, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.
Além disso, a empresa tem um conselho com pesos pesados como Cesar Buffara, o controlador da Britânia Eletrodomésticos; Décio da Silva, o chairman da WEG e Altamir Silva, o ex-chefe do banco de atacado do Safra.
Além disso, a Havan tem rating pela Fitch há quase 10 anos, um período no qual ou de A-, a primeira nota no nível mais alto, até chegar em AAA, o que indica “risco de inadimplência insignificante”.
Hang disse para o Brazil Journal que voltou a se envolver para valer com a operação depois da última eleição presidencial, na qual esteve para lá de envolvido na campanha do candidato derrotado Jair Bolsonaro (ainda que não nas confusões depois do resultado).
As medidas de Hang incluíram uma uma política de crédito mais restritiva e investimentos que a companhia fez no exterior, apostando na alta do dólar.
O Brazil Journal destaca o modelo “sem similares” da Havan, que tem a maioria das suas 177 lojas em cidades pequenas, nas quais os locais desempenham o papel de um shopping center.
Talvez por isso, a Havan não se preocupa muito em desenvolver seu canal de e-commerce, ao contrário de quase todos os seus concorrentes no varejo.
A Magazine Luiza, que em muitos aspectos (incluindo o político), seria o oposto da Havan, inclusive apostou em se tornar uma empresa de tecnologia, com um negócio de computação na nuvem.
A aposta, porém, parece não ter dado tão certo.