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Foto: Divulgação
O grupo mexicano Bimbo, uma das maiores empresas de panificação do mundo, anunciou um acordo para a compra, em valores não divulgados, de 100% das operações da brasileira Wickbold, detentora também da marca Seven Boys.
A Wickbold foi fundada em 1938 por Henrique Wickbold, em São Paulo, e sempre foi istrada por gerações da família. Em 2015, adquiriu a Seven Boys e ou a figurar em segundo lugar no ranking da panificação, atrás apenas da Panco.
Por ser uma empresa de capital fechado, a Wickbold dificilmente divulga seus resultados financeiros. No entanto, com a aquisição de uma fábrica no Paraná para centralizar a produção de panetones, a paulista esperava faturar R$ 1,6 bilhão em 2022, segundo a revista Exame.
A Bimbo, que já é dona da Pullman e tem marcas nacionalmente conhecidas, como Ana Maria e Rap10, a a ser proprietária de todo o portfólio da Wickbold e Seven Boys, além de mais quatro fábricas localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
De olho em um mercado que movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano e com produtos de pães embalados presentes em mais de 80% dos lares de classes A e B no país, a estratégia da mexicana é expandir suas ações no mercado brasileiro.
"A movimentação faz parte da estratégia da companhia, com foco em crescimento e expansão de presença no Brasil, uma aposta cuidadosamente planejada que fortalece sua posição como líder global, com mais de 70 anos de experiência no setor", disse a Bimbo no comunicado enviado ao site Uol.
Se aprovado pelos órgãos regulatórios, com a aquisição da Wickbold, o grupo mexicano ará a incorporar mais de 2,5 mil funcionários da empresa brasileira.
A Bimbo foi fundada em 1945 no México e se intitula a maior empresa de panificação do mundo, líder no continente americano.
Com mais de 175 plantas em 35 países espalhados por quatro continentes, conta com mais de 133 mil colaboradores, 100 mil marcas e mais de 13 mil produtos.
No segundo trimestre deste ano, a Bimbo faturou R$ 28,15 bilhões, com números promissores no México e mais desafiadores na América Latina, que ainda representa o menor mercado da empresa, com 9,3% das vendas.
De capital aberto e com um valor de mercado de R$ 86,4 bilhões, a empresa mexicana viu suas ações caírem mais de 18% este ano.
Após o anúncio da transação de compra da Wickbold, os papéis no mercado mexicano tiveram alta de 2,26%.
Fagner Ramos 4z5d6v
Jornalista no Baguete Diário