TARIFAÇÃO

GRU desenvolve solução de faturamento com SAP 5z25x

Implantado em 11 meses, sistema é responsável por 60% da receita do aeroporto. 6x6l4q

30 de maio de 2025 - 10:31
Adriano Vieira Guimarães, CIO da GRU Airport. Foto: LinkedIn.

Adriano Vieira Guimarães, CIO da GRU Airport. Foto: LinkedIn.

A GRU Airport, concessionária que istra o Aeroporto Internacional de São Paulo, desenvolveu uma solução de tarifação e faturamento utilizando a Business Technology Platform (BTP), plataforma em nuvem da SAP com serviços de desenvolvimento, automação, integração, dados e análise.

Implantada em 11 meses, a nova ferramenta tinha o objetivo de substituir o sistema anterior do aeroporto, que existia desde 2013, quando a GRU Airport assumiu a sua istração.

“Com uma arquitetura de mais de 10 anos, tínhamos pouca flexibilidade para atender a missão que o negócio precisava. Tecnologicamente, tínhamos um problema gravíssimo, por exemplo, com o banco de dados. A gente rodava no SQL 2008 até 2023”, conta Adriano Vieira Guimarães, CIO da GRU Airport.

O sistema de tarifação e faturamento do GRU impacta cerca de 60% da receita do aeroporto, compreendendo a movimentação de aeronaves, a movimentação de ageiros e as operações de carga. Os outros 40% estão ligados aos negócios de comércio.

No total, são mais de 250 regras de negócio que precisam ser parametrizadas dentro da plataforma.

“Tínhamos uma comunidade enorme ando uma solução que, tecnicamente, não tínhamos como evoluir. Eu parava o produto quase que diariamente pra fazer uma manutenção técnica, uma corretiva, um famoso restart”, relata Guimarães.

Além disso, toda vez que uma alteração era pensada, era preciso fazer proposta comercial, negociar e fechar contrato novo.

Com a expectativa de trazer algo mais inovador, a empresa buscava uma solução flexível para colocar novas regras de negócio e maximizar a produtividade, permitindo que o time comercial conseguisse negociar novos contratos sem que o sistema fosse um empecilho.

Quando a companhia partiu para um processo de seleção de um novo produto, todas as opções verificadas só atendiam a 69% dos seus requisitos.

As melhores possibilidades se tornaram, então, construir uma ferramenta do zero ou colocar todo o motor de tarifação dentro do SAP ECC, sistema de gestão utilizado pela concessionária.

Logo, a solução foi combinar as duas estratégias, construindo aquilo que fosse necessário e fazendo a integração com o ERP.

“Montamos a nossa plataforma baseada no SAP ECC, com toda a parte financeira, uma camada com o SAP BRIM e o SAP Convergent Charging, fazendo todo o motor de tarifação. E criamos toda a parte de BTP para tudo aquilo que era customizado. Toda a parte das APIs que eu preciso pra disponibilizar para o meu legado”, conta Guimarães. 

De acordo com o executivo, a grande mudança buscada era a componentização, prática de dividir um sistema em componentes independentes, e isso foi possível usando a camada do BTP para fazer toda a parte do desenvolvimento necessário com o banco Hana.

“Em cima do SAP BTP, criamos toda a parte de Single Sign On (SSO), então temos um custom domain dentro da nuvem SAP e isso sincroniza com a nossa nuvem por meio de um AD connector. Então, quem está dentro de casa, faz toda a comunicação via single sign-on”, detalha Guimarães.

Dentro dessa solução, toda a integração é feita com um barramento da IBM, que fica on-premise, com a comunicação via API. Já a parte de conectividade interna foi feita usando o SAP Cloud Integration.

“Colocar uma operação crítica em nuvem era algo que não pensávamos e fizemos essa primeira experiência a convite da SAP. Quando fizemos benchmarking, vimos que os aeroportos são todos on-premise. Então, experimentar a cloud foi uma coisa maravilhosa, foi uma ruptura com o pensamento on-premise do segmento”, destaca Guimarães.

O projeto foi feito com trabalho 100% remoto, usou a metodologia ágil e foi dividido em fases. 

Na primeira fase, todos os processos funcionais e técnicos foram migrados "as is" para o novo sistema, com o detalhamento de regras e a inclusão de novas especificações funcionais.

As fases seguintes incluíram testes unitários e integrados, treinamento da equipe de tarifação e faturamento, webinars para os clientes e, por fim, a operação assistida. No total, foram treinados mais de mil usuários.

“Essas fases trouxeram uma série de desafios, como a dedicação parcial da equipe, a integração com sistemas operacionais e da Receita, e a garantia das funcionalidades do sistema antigo, ao mesmo tempo em que implementávamos melhorias”, recorda Guimarães. Além disso, não havia margem para impactar a operação do aeroporto.

Após o go live, mais de 90% da tarifação no GRU é automática. A solução reconhece o tipo de tarifação, tarifa e disponibiliza para o cliente fazer o pagamento dentro de um portal próprio, onde ele também pode ar todo o seu histórico.

No sistema anterior, o time financeiro faturava, emitia os boletos e recebia a baixa dos bancos. Depois disso, a equipe tinha que fazer todas as baixas manualmente no ECC. Agora, a integração é automática.

O fechamento quinzenal, que levava até 48 horas para ser processado, agora é feito em 30 minutos. No faturamento diário, a emissão de notas fiscais levava quatro horas e, hoje, precisa de apenas 10 minutos. 

Além disso, antes era preciso parar o faturamento diário para fechar a quinzena. Agora, as duas coisas podem ser feitas ao mesmo tempo. 

Segundo a GRU Airport, a nova plataforma é robusta e, ao mesmo tempo, tem flexibilidade para futuras expansões e definição de novas regras de negócio. Além disso, a produtividade melhorou muito, com interfaces limpas e intuitivas. 

“Pensando também no serviço sob o ponto de vista da tecnologia, a componentização ajuda muito. Uma solução que dá pra você trabalhar independente em cada um dos componentes dela ajuda muito no processo de TI e tem ajudado nos últimos meses”, acrescenta Guimarães.

Outros pontos positivos levantados foram a análise de dados em tempo real, design mais sofisticado, melhoria da acuracidade, redução dos custos operacionais, aumento da satisfação dos clientes e estabilidade sistêmica.

O time de tarifação e faturamento também diminuiu a dependência em relação ao time de TI, conseguindo agora ajustar e parametrizar o que é necessário diretamente no sistema.

“Agora, a gente está num outro pensamento, querendo colocar a tarifação automática na nossa camada BTP. Ainda temos muito robô que roda on-premise, temos todo um portal de cargas e queremos trazer todos os clientes para um portal único. Não só para a tarifação, mas olhar todo o tracking de carga, por exemplo, e fazer o e-commerce de alguns produtos que já comercializamos dentro do aeroporto”, adianta Guimarães.

O GRU é o aeroporto mais movimentado do Brasil, operando 63 destinos internacionais e 57 destinos domésticos com 39 companhias aéreas regulares. No total, são mais de 40 milhões de ageiros anuais e mais de 115 mil ageiros por dia.

Em relação ao transporte de cargas, o hub tem 45% do market share aéreo de importação e 59% de exportação. Sua área soma 14 quilômetros quadrados.

Além dos ageiros, a área de TI do aeroporto atende a uma comunidade formada por cerca de 25 mil pessoas. Para atender desde a Polícia Federal até as mais de 300 lojas, hoteis, salas VIPs, Duty Free e auditório, são dois data centers e mais de 25 mil pontos de rede instalados.

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