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João Lencioni, CIO Latin America na GE.
A General Electric encontrou na plataforma interna Colab uma forma de centralizar a comunicação entre seus colaboradores e, ao mesmo tempo, estimular o debate de novas ideias.
O programa que incorpora ferramentas sociais, com aspectos semelhantes aos encontrados no Facebook e Twitter, foi desenvolvido com base na tecnologia Cisco WebEx Social durante quatro meses e lançado há um ano e meio.
É possível seguir colegas, criar tópicos, curtir publicações, enviar mensagens instantâneas e conversar por vídeo.
Nesta quinta-feira, 22, o CIO Latin America na GE, João Lencioni, apresentou o case para Comitê de CIO's do WTC Business Club, em São Paulo, para mostrar como a empresa pretende gerar valor através de uma plataforma considerada simples.
Atualmente, o Colab é utilizado por cerca de 285 mil colaboradores (entre eles, tercerizados) da companhia, o que já gerou mais de 210 mil posts, 153 mil comentários e mais de 16 mil grupos de discussão.
O programa está disponível nos idiomas dos países de operação da GE e é voltado para os núcleos de “knowledge workers” da empresa, aqueles que atuam na frente de uma estação de trabalho com computador.
O Brasil deve abrigar cada vez mais esse tipo de profissional: em 2012, a GE anunciou que investirá R$ 500 milhões ma Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, na construção do primeiro centro de pesquisas da empresa na América Latina. O local terá espaço para 400 pesquisadores.
Até o espaço ficar pronto, a GE continuará atuando no Parque Tecnológico da UFRJ, onde está desde 1° de setembro de 2011 e conta com mais de 50 profissionais.
Antes da introdução do Colab, os funcionários podiam compartilhar arquivos, e-mail e bate-papo, mas nada era unificado.
“A criação do projeto também se baseou na tentativa de diminuir o volume de mensagens que todos recebem em sua caixa de entrada”, afirma Lencioni, itindo que o seu próprio fluxo de e-mails não reduziu.
Apesar de não revelar o valor gasto na criação do projeto, o CIO acredita que hoje a ferramenta é essencial para promover a produtividade e o diálogo, tornando o investimento necessário.
“Os assuntos vão desde problemas profissionais até questões e preferências pessoais. Temos grupos privados de líderes, mas também abertos para debater qualquer assunto”, explica.
O objetivo é que quando surgir uma dúvida para um funcionário de uma sede nos Estados Unidos colegas do mesmo escritório ou do outro lado do mundo, na Índia, ofereçam uma solução.
Não há restrições de assuntos - há grupos voltados aqueles que praticam determinado esporte, por exemplo -, mas todos devem seguir uma conduta ética e ter bom senso para selecionar as informações a serem divulgadas.
Com exclusivo para os funcionários, o Colab só permite o com a identificação. Lencioni diz que assim é possível garantir a segurança das informações, já que não há comentários ou postagens anônimas.
Além dos recursos comuns às redes sociais, o Colab conta com uma seção de apps de organização do trabalho, oferece integração com LinkedIn e a possibilidade de personalização dos grupos.