
Dinheiro vai seguir fluindo na TI corporativa. Foto: Pexels.
Os gastos de TI corporativa globais devem subir 5.1% em 2023, chegando a US$ 4.6 trilhões, segundo estimativa do Gartner.
É um resultado melhor do que o previsto para 2022, quando o crescimento foi estimado em 3% frente ao ano anterior.
As previsões do Gartner são chamativas, tendo em conta os problemas gerados pela inflação crescente em muitos países, agravados pela conjuntura econômica gerada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
O consenso crescente entre economistas é que o cenário deve levar à recessão econômica nos Estados Unidos e na União Europeia.
Tudo isso tem um impacto nos gastos em tecnologia dos consumidores, um segmento no qual o Gartner já projeta uma queda de 8,4% em 2022, seguido de uma recuperação tímida de 0,6% em 2023.
No caso da TI corporativa, o cenário é outro porque muitas despesas são muito difíceis de serem cortadas: contratos de outsourcing de longo prazo, de serviços gerenciados, infraestrutura, plataforma e software comprados como serviço.
Pelas contas do Gartner, o tipo de despesas que podem ser reduzidas somam 5% do total do orçamento. É um outro lado da transformação do investimento de TI em custos operacionais.
Já não é possível pular um update de software para economizar dinheiro. Trocar um provedor de nuvem por outro, por mais que se economize, é um processo complicado e arriscado.
Um outro aspecto, mais difícil de quantificar, é a boa imagem das áreas de TI, que tiveram um papel central em manter empresas rodando durante a pandemia do coronavírus e a expectativa que os setores possam ajudar na nova crise.
Uma pesquisa do Gartner em julho com 200 CFOs apontou que 69% deles planejavam aumentar o gasto em tecnologia.