
O outsourcing como se conhece hoje vai mudar. A previsão é da consultoria Gartner, que realiza a VIII Conferência Global de Outsourcing em São Paulo até essa quarta-feira, 08.
Entre as mudanças pregadas pela analista Linda Cohen está o perfil dos provedores de serviços. De soluções desenvolvidas especificamente para cada clientes, eles deverão ar para ofertas mais padronizadas, capazes de atender diversas empresas.
Confira, abaixo, os principais fatores de mudança apontados pelo Gartner.
Consumerização
A adoção de novas tecnologias sai das mãos do CIO e a para os usuários. Na opinião dos analistas, os usuários vão guiar as mudanças, gerando novos desafios para a TI.
Nos bancos, por exepmplo, se os usuários quiserem usar o celular como cartão de crédito – com serviços como o Google Wallet, não haverá nada que as instituições bancárias possam fazer, a não ser adaptar-se.
Componentização
As ofertas serão plug and play. “Ou seja, uma solução de software as a service poderá se combinar com uma de infrastructure as a service”, diz Linda. Essa componentização será a base para a customização dos serviços contratados.
Cadeias de provedores
No rastro da componentização, será cada vez mais comum o surgimento de parcerias de fornecedores, um entrando com software, outro com infraestrutura, combinando esforços para atender aos clientes.
Globalização
“Não importa o quão regional seja o foco da sua empresa, ela é influenciada pelo que acontece no mundo, ou porque você precisa viajar para trabalhar, ou porque seus negócios dependem de fornecedores globais”, enfatiza Linda.
O movimento pela globalização de serviços abre novas oportunidades, como a busca de talentos especializados no fornecimento de soluções, ressalta a consultora.
Hipercompetição
Competição é bom, mas em demasia, atrapalha. Segundo Linda, as empresas devem estar atentas aos fornecedores que baixam demais o preço para garantir contratos.
“Esses provedores muitas vezes enfrentam problemas na hora de entregar o serviço. O que acontece é que as empresas contratam serviços para economizar e acabam sem o produto final ou o resultado desejado”, diz Linda.
Hiperverticalização
Se ará a ver ofertas mais focadas. “Em vez de soluções para a vertical saúde, por exemplo, haverá iniciativas para clínicas”, comentou a analista. Para Linda, esse movimento é bom, mas vai exigir dos contratantes atenção para encontrar a solução certa para o seu segmento.
Nuvem
A tendência é, segundo o Gartner, uma das mais fortes, apesar da baixa adoção no Brasil (leia a matéria “TI brasileira tem medo da nuvem?” nos links relacionados abaixo).
“No mundo inteiro as empresas estão recorrendo a nuvem para obter recursos diferentes para seus serviços, e quem inovou nesse segmento é que está, hoje, influenciando o mercado. Os CIOs têm que saber aproveitar essa onda”, diz Allie Young, analista emérita do Gartner.