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Game faz universitários se movimentarem através de aplicativo. Foto: Rodrigo Blum | Unisinos
O Laboratório de Mobilidade do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (MobiLab - Laboratório de Mobilidade do PIPCA) da Unisinos desenvolveu o Ignis Unisinos, um game mobile gratuito que induz os alunos a fazerem uma busca real pelo campus.
Inserida no programa de pesquisa do Santander Universidades, a ideia do projeto é explorar os usos da Tarjeta Universitária Inteligente (TUI), o cartão com chip utilizado para a identificação dos alunos, com a gamificação e o uso de conceitos como localização e contexto.
De acordo com Cristiano Costa, coordenador do PIPCA, o jogo também quer desmistificar a ideia de que os games de dispositivos móveis estimulam o sedentarismo no duelo de virtual x real.
“Para realizar os desafios, o jogador deve se locomover pelo campus, pois as respostas estão espalhadas pela universidade em QRCodes ou em computadores que tem o leitor de carão acoplado”, explica.
A narrativa do Ignis é orientada através de um mapa geolocalizado em busca de pistas para desbloquear quebra-cabeças e coletar as páginas perdidas do livro de uma sociedade secreta que envolve o mito da Caixa de Pandora. Ao iniciar em uma sala virtual, o jogador precisa encontrar as pistas pelo campus de São Leopoldo.
Com visualização em primeira pessoa utilizando a engine Unity3D, o aplicativo foi desenvolvido no sistema iOS por uma equipe de oito pessoas, além de uma equipe na Espanha da empresa Dup (Documenta Universitaria), que auxiliou na comunicação visual.
Lançado no início do mês, até o momento o app alcançou quase 300 s – destes 107 já atualizaram para a nova versão e vinte conseguiram resolver todos os desafios.
O professor garante que a tarefa não é difícil, mas que o aluno precisa percorrer todo a extensa área da universidade para finalizar o game, que acontece conforme o tempo do jogador.
Com o respaldo positivo da instituição e do Santander Universidades, o próximo objetivo do grupo de pesquisas é tornar o jogo multi-institucional até o próximo ano levando a ideia para outras universidade que utilizam a tecnologia do cartão TUI.
“Já estamos conversando com instituições do Brasil e três da Espanha para realizar o mesmo projeto”, revela Costa que também tem dois outros grandes projetos no MobiLab, que envolvem articuladores sociais e orientação financeira mobile.
O cartão conta com um chip com tecnologia MiFare que possibilita a integração de serviços. Cerca de 6,3 milhões de universitários da Espanha, Portugal e Ibero-América utilizam o TUI, segundo a instituição financeira.
No caso da Unisinos, é possível utilizá-lo para o à biblioteca e ao estacionamento, por exemplo. No ano ado, o mesmo grupo coordenado pelo professor Cristiano Costa também já fez a integração do cartão com o BEM, bilhete eletrônico municipal de São Leopoldo.
No projeto do qual o laboratório está inserido, participam outros quatro observatórios no mundo que desenvolvem pesquisas referentes à tecnologia.
Reportagem da TV Unisinos também explica o funcionamento: