
A direção da chinesa Foxconn estará no Brasil na próxima semana para tentar “desencantar” o início de suas operações no Brasil.
Segundo a colunista do site IstoÉ Gente Gisele Vitória, o anúncio da visita foi feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, um dos mais ativos defensores do investimento.
Rodadas de audiências em Brasília estão na pauta da direção da empresa.
Anunciada em maio desse ano, em viagem da presidente Dilma Rousseff à China, a vinda da Foxconn prometeu 100 mil empregos e a primeira fábrica de telas touch screen do ocidente.
Em jogo, US$ 12 bilhões, nem todos do bolso da asiática.
O projeto, recebido com entusiasmo no governo e receito pela indústria, acabou despertando suspeitas no BNDES, que estaria disposto a injetar dinheiro na fábrica, mas acabou manifestando sua intenção de retirar a oferta da mesa depois de analisar com mais cuidado a proposta.
De acordo com notícias de agências internacionais, os técnicos do banco desconfiam da participação financeira da Foxconn e das exigências.
“Será a primeira planta do ocidente”, disse o Mercadante, defendendo a proposta, cujo valor é três vezes maior que o necessário para uma fábrica de automóveis, ressalta Gisele.
Para conquistar a produção nacional do iPad, o governo desonerou em 36% para obter taxa de nacionalização de 20% no país.
A meta é que em três anos o Brasil produza 80% dos componentes para tablets.
Entre medias provisórias e fazendárias, Mercadante também flexibilizou o calendário de início da produção várias vezes. Prometidas para setembro no meio do ano, a expectativa é de que a fábrica comece a operar em 2012.
Pra onde vai?
Atualmente com fábrica em Jundiaí, em São Paulo, a Foxconn não estaria com destino certo, deu a entender o ministro.
Segundo Mercadante, seis estados estão disputando o investimento, em três regiões do país. Ele não disse, no entanto, que cidades, nem que estados.
No meio do ano, São Paulo e Rio de Janeiro estavam se candidatando à sede.
Apesar de já ter uma unidade local – e até a proposta de nomear uma estrada em homenagem a Steve Jobs (leia a matéria relacionada abaixo) – Jundiaí, não, em princípio, conta com um parceiro local de peso, alternativa ao aporte do BNDES.
No Rio, Eike Batista já manifestou interesse em levar uma fábrica da Apple ao complexo Porto do Açu, da LLX – braço de logística do Grupo EBX.
Leia a nota da IstoÉ Gente nos links relacionados abaixo.