
A equipe da Flyware vista do alto. Foto: divulgação.
A Flyware é uma nova empresa de tecnologia que reúne nomes experientes no mercado de olho num nicho ainda nos seus estágios iniciais no Brasil: aplicações corporativas para os veículos aéreos não tripulados, mais conhecidos como drones.
A companhia foi criada por Alexandre Costa, ex-sócio da Perseus, junto com Rafael Ritter, que chegou a trabalhar com Costa na companhia de soluções para educação. Compõem ainda o time Marcello Mattos, responsável pelo escritório em Miami, e o fotógrafo Malcoln Robert.
Todos os sócios estão envolvidos em maior medida com o mercado de drones há alguns anos.
Costa saiu no começo do ano da Deliver IT, empresa na qual ajudou no processo de fusão com a Absoluta em 2014 e desde então estava procurando uma nova oportunidade de negócio.
Durante um curso de MBA na Califórnia, Costa vislumbrou a oportunidade de negócios do drones, um mercado que já está mais adiantado nos Estados Unidos.
Não foi o primeiro contato do empresário com o tema: o pai do CEO da Flyware era da Aeronáutica e Costa cresceu em contato com o cotidiano das bases aéreas de Canoas e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O irmão seguiu a carreira de engenheiro aeronáutico.
Costa foi por 16 anos um dos sócios da Perseus, uma empresa especializada em soluções para o mercado de ensino sediada em Canoas, mas nunca perdeu a paixão juvenil por aviação, mantendo por anos o hobby do aeromodelismo.
Ritter compartilhava a paixão pelos aeromodelos e, no meio tempo, acabou se tornando uma referência no assunto, que rapidamente ou a incluir também novos equipamentos para voar como quadcóperos e outros drones.
O CTO da Flyware istra o perfil do YouTube Pó de Balsa, uma referência para os interessados na área. Robert já tinha um negócio com drones, focado principalmente em fotográfia para empreendimentos imobiliários como Cyrela e Goldstein.
Desde Miami, onde a nova companhia está incorporada, Mattos ajudará na importação de equipamentos. A ideia é certificar a companhia junto com a FAA, órgão do governo americano que regula a aviação no país e é tido como uma referência mundial.
“Temos um time com bastante conhecimento no assunto no momento em que o mercado brasileiro está decolando”, aponta Costa, que recentemente esteve com Ritter na Droneshow, a primeira feira do mercado nacional de drones, realizada em São Paulo.
Para Emerson Granemann, diretor do MundoGEO e idealizador do evento DroneShow, pode atingir os R$ 200 milhões já em 2016. A estimativa inclui vendas de equipamentos, treinamentos de pilotos e prestação de serviços, com base em dados extra oficiais.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) estão elaborando novas instruções para o uso profissional dos veículos, que devem ser lançadas oficialmente neste final de ano, após concluída a consulta pública.
O objetivo da Flyware é atuar numa gama ampla de aplicações de drones, incluindo inspeções técnicas, aerofotogrametria, agronegócio e publicidade, além de treinamento de profissionais.
Cada aplicação pode fazer uso de softwares específicos para leitura de dados, muitos já disponíveis na nuvem, aponta Costa. O conhecimento dos equipamentos de Ritter será útil para montar as diferentes configurações para cada uso específico e a experiência de Robert em fotografia para usar o equipamento certo para registrar imagens para cada uso.