
Nycholas Szucko, country manager da FireEye no Brasil. Foto: divulgação.
A FireEye, norte-americana de segurança da informação que em 2012 abriu operação no Brasil, acaba de levar uma rodada US$ 50 milhões de financiamento.
Conforme contou o novo CEO da companhia, Dave DeWalt, ao site americano Business Insider, o investimento valoriza a empresa em US $ 1,25 bilhão.
O investimento amplia o fundo total da FireEye para US$ 85,5 milhões, somando investidores como Sequoia Capital, Norwest Venture Partners, Juniper Networks, Silicon Valley Bank e até o In-Q-Tel, braço de capital de risco da CIA, e deixando ainda mais aberto o caminho para um IPO que, segundo DeWalt, pode ocorrer ainda este ano.
Atenções que o country manager da companhia no Brasil, Nycholas Szucko, credita à oferta incrementada, que a pelas camadas tradicionais de segurança (antivírus, antispam e afins), mas também inclui proteção contra ataques direcionados, ataques do chamado “dia zero”, recursos para descoberta de fontes de ataques, entre outros, combinados em um apliance.
“Mais do que proteger contra ameaças conhecidas, nossa solução protege cnotra ataques específicos, direcionados ao próprio destinatário”, explicou Szucko ao Baguete Diário.
Até desembarcar no Brasil no ano ado, a FireEye atuava por aqui via parceiros. Hoje, são 20 aliados, dos quais dois estão no Rio Grande do Sul, um no Paraná e um em Santa Catarina.
Pela característica específica de sua solução, o foco da empresa no país são os segmentos de energia, financeiro e companhias que possuam departamentos de P&D com alto grau de sigilo.
“Estamos falando de muito além de antispam, phishing, antivírus. Estamos falando de proteção contra espionagem de dados, de ameaças que podem burlar ou tirar vantagens de processos de compras, incorporações etc”, destaca Szucko.
Hoje, a FireEye possui cinco clientes no Brasil, nas áreas de cosméticos, comércio eletrônico, mídias sociais, energia e planos de saúde.
No Sul ainda não há contratos, mas esta é uma realidade a caminho de mudar, já que, conforme o country manager, sua participação no Seminário Governança, Risco, e Compliance realizado pela Sucesu-RS em Gramado, na Serra Gaúcha, em setembro ado, resultou em cinco provas de conceito agendadas.
Para 2013, o aguardado são 50 contratos no Brasil, segundo o executivo.
A expansão revela um momento de transição no foco global da companhia, que até 2011 era focada no mercado norte-americano – há dois anos, 80% das receitas, que ficam na casa dos US$ 100 milhões anuais, vinham dos EUA, mesmo mantendo operações na América Latina e Ásia/Pacífico via representantes.
No ano ado, os resultados já chegaram perto de 50/50% entre mercado americano e externo, e até 2014 o exterior deve ser maior que os negócios em casa.
A FireEye tem cerca de 500 colaboradores, e atende a clientes globais como Yahoo, NetApp, Delloite, Samsung, eBay, Hoteis Marriott, entre outros.
AUTORIDADES
O CEO da FireEye, Dave DeWalt, ingressou na empresa em novembro ado, vindo do cargo que ocupava na fabricante de antivírus McAfee.
Na ex-empresa, DeWalt liderou as mudanças quando da compra da companhia pela Intel, e chegaram a circular rumores de sua cogitação para ocupar o cargo de CEO da gigante dos chips, sucedendo a Paul Otellini.
Já Szucko assumiu a companhia no país depois de ficar de 2010 até fevereiro de 2012 na gerência da Zscaler para a América Latina.
Com formação em Gestão de Ambientes de Redes e Internet pela Universidade Nove de Julho (São Paulo), Szucko possui pós-graduação em Gestão de Projetos em TI pela Faculdade IBTA e curso de especialização em Gerência de Canais e Vendas+Valor da Channel’s University.
O executivo tem mais de 10 anos na área de TI e em 2005 participou do startup da IronPort no Brasil, onde atuou na área de Pré-Vendas. Com a compra da empresa pela Cisco, em 2007, ou a gerente de Canais.