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A Finep anuncia duas novas linhas de financiamento para a inovação.
A primeira, uma espécie de “cheque especial”, batizada de Conta Inova Brasil, que irá oferecer empréstimos a juros subsidiados para que pesquisas não sejam abandonadas ou interrompidas por falta de recursos.
A Finep tem como fonte inicial R$ 3 bilhões que serão reados ainda neste ano por meio do BNDES, mas não há um montante total de volume de empréstimo definido, nem teto para as linhas de crédito da nova modalidade.
Conforme o presidente da Finep, Glauco Arbix, o grupo de possíveis beneficiadas soma em torno de seis mil companhias que investem em inovação tecnológica no país.
“Com raras exceções, estas empresas têm um comportamento instável: investem um ano, não investem no seguinte, ou investem pouco”, destaca Arbix. “A descontinuidade acarreta perdas para as empresas, a economia e a geração de tecnologia”, completa.
Na linha de cheque especial, a nova modalidade de financiamento permite que os aportes requisitados sejam ampliados 35% em relação ao valor inicialmente contratado.
Entretanto, a ampliação é condicionada a metas como aumentar em 10% a qualificação de pessoal e contratar pequenas empresas de base tecnológica, universidades ou institutos de pesquisa como fornecedores.
Pró-exportação
Outra novidade da Finep é uma linha de aportes destinada a empresas brasileiras interessadas em abrir novas fábricas ou financiar investimentos em setores tecnológicos fora do país.
O montante destinado à esta linha não está definido, mas a Finep prevê que cada projeto peça entre R$ 100 milhões e R$ 300 milhões.
O pagamento poderá ser feito em até 12 anos e a carência pode chegar a quatro anos e meio, com juros variando de 4% a 5%, conforme a modalidade de contratação.
De acordo com Arbix, terão prioridade companhias que investem em setores prioritários do governo, como TI, indústria da saúde, defesa, óleo e gás.
"O foco são empresas que ousem lançar novos produtos ou que entrem em áreas nas quais não estariam capacitadas, mas que, ao construírem unidades produtivas, tenham condições de enfrentar a competição do mercado interno e externo", destaca o gestor.
A ideia, segundo ele, é que a Finep participe de todas as fases de instalação e funcionamento das companhias.
"Quando a empresa vem nos procurar para tecnologia, também precisa de capital de giro, de se expandir e de exportar”, explica Arbix.