BRIGA

Febraban ataca Nubank no LinkedIn 1k361v

Para a Federação, as fintechs querem “pagar menos impostos, gerar menos empregos e ter poucas obrigações”. p5y68

20 de setembro de 2021 - 15:22
Foto: Pexels.

Foto: Pexels.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fez uma crítica afiada às fintechs no LinkedIn no último sábado, 18, atacando diretamente o Nubank e a Zetta, associação fundada pelo Nubank e Mercado Pago no início do ano.

Tudo começou na quinta-feira, 16, quando a Zetta publicou na rede social uma comparação entre grandes bancos e fintechs, citando um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

“A verdade sobre assimetrias: tarifas dos grandes bancos, que reclamam da perda de competitividade, saltam acima da inflação durante a pandemia, enquanto as tarifas das fintechs são mantidas”, dizia a postagem.  

Na publicação, a Zetta citou Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco Itaú, Banco Santander e Safra, salientando que o único que não elevou tarifas acima da inflação foi o Safra.

Segundo o estudo, os bancos digitais Nubank, Agi, Neon, Banco Original, Superdigital, Inter e Banco Next teriam mantido os preços.

Dois dias depois, a Febraban decidiu rebater.

“A Zetta não contou que o Nubank, que tem cara, porte, produtos e até nome de banco, prefere não se dizer banco, mas cobra juros mais altos dos seus clientes do que a média dos cinco ou 10 grandes bancos brasileiros. Olhe bem!”, dizia a postagem.

Segundo a Federação, na última semana de agosto a taxa média do juro do cartão rotativo do Nubank era de 291,67% ao ano, maior que a média dos cinco grandes bancos, de 271,68%.

No crédito pessoal não consignado, a taxa média cobrada pelo Nubank teria sido de 62,86% no final de agosto, enquanto a média dos 10 grandes bancos era de 54,54% ao ano e dos cinco grandes, 60,65%.

A instituição disse que “a Zetta também não conta que as fintechs pagam bem menos impostos que os bancos”. Segundo a publicação, os bancos pagam 45% sobre lucro, sendo 25% de IR e 20% de CSLL, enquanto as fintechs pagam 9% ou 15% de CSLL. 

“A ‘verdade’ verdadeira é que as grandes fintechs gostam mesmo é de pagar apenas ‘meia entrada’ e em nada se diferenciam dos bancos. Aliás, só não são bancos para pagar menos impostos, gerar menos empregos, ter poucas obrigações regulatórias e trabalhistas”.

A nota ainda questiona o quanto as fintechs contribuíram para tirar o Brasil da crise na pandemia e o quanto deram de crédito, citando que os bancos deram R$ 5,7 trilhões de crédito e R$ 2 bilhões para a saúde.

“Não temos vergonha de sermos bancos, muito ao contrário, e também não nos escondemos atrás de letras, marketing e grifes”, afirmou nominalmente Isaac Sidney, presidente da Febraban, na publicação.

A Zetta e o Nubank ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Leia mais 59b1u

FINTECHS

Asaas compra Code Money d3d3m

Há 1341 dias
LOCAIS

Banrisul coloca fintechs em museu 3u3l63

Há 1344 dias
BIOMETRIA

Asper investe em direitos de uso da Ntechlab 6g1a3

Há 1345 dias
E-COMMERCE

Piay cria marketplace com VTEX 6u2x1f

CHATBOTS

Ex-Facebook assume marketing da Botmaker 2z5g12

CURRÍCULO

Ex-Netflix é a nova CFO da Movile 4d4u1y